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07/11/2025

CHEGA LULA - TUAS VÍTIMAS DOS USUÁRIOS QUEREM DEIXA A COP30 SEM ENERGIA ELÉTRICA

Comando Vermelho ameaça interromper fornecimento de energia elétrica para a COP 30 em Belém

O governo federal apura uma ameaça de ataque do Comando Vermelho contra uma subestação de energia no Pará, considerada estratégica para o abastecimento da COP 30 em Belém. As informações foram confirmadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Segundo a concessionária responsável pela estrutura, a ameaça foi feita em 30 de outubro por uma pessoa que disse pertencer à facção. O criminoso exigiu a paralisação imediata das obras de expansão da subestação Marituba-Belém, alem da nterrupção diária das operações a partir das 15h.

O MJSP informou que produziu um relatório de inteligência no dia 3 de novembro e encaminhou o material à Polícia Federal, órgãos de segurança do Pará, Abin e Gabinete de Segurança Institucional. A Polícia Federal abriu inquérito em 4 de novembro para investigar se o caso tem ligação com crime organizado.

O Ministério de Minas e Energia confirmou a ameaça e disse que todas as medidas de segurança e contingência foram adotadas para garantir o fornecimento de energia durante a COP 30. A Secretaria de Segurança Pública do Pará afirma que a subestação funciona normalmente e que há policiamento reforçado no local.

A subestação Marituba-Belém é considerada uma infraestrutura crítica do sistema elétrico nacional por abastecer instalações essenciais da conferência. Na segunda-feira (3), o presidente Lula decretou GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em Belém e mais duas cidades do estado, autorizando o uso das Forças Armadas na proteção de estruturas estratégicas, como hidrelétricas, aeroportos e vias de acesso.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico não comentou o caso.

Com informações de Gazeta do Povo e Record News

06/11/2025

ESTRANHO: COMO LULA NÃO ENXERGA O PCC COMO UM GRUPO TERRORISTA?

Armas apreendidas em megaoperação no Rio valem R$ 12,8 milhões

Segundo as autoridades, parte do armamento provém de outros países, como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia e Alemanha

Durante a recente megaoperação policial contra o narcotráfico na zona norte do Rio de Janeiro, a mais letal da história do Brasil, as autoridades confiscaram armas com valor estimado em R$ 12,8 milhões, incluindo fuzis de outros países, anunciou o governo do estado neste sábado.

Ao menos 117 supostos criminosos e quatro policiais morreram na denominada Operação Contenção, realizada na última terça-feira nos complexos de favelas do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do país.

O governo estadual anunciou “uma das maiores apreensões de armas de guerra já registradas em um único dia”, com 120 armas, incluindo 93 fuzis, avaliadas em 12,8 milhões de reais. Além disso, foram encontrados munições, explosivos, drogas e equipamento militar.

Segundo as autoridades, parte do armamento provém de outros países, como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia e Alemanha, e inclui modelos usados em zonas de conflito, como AK-47 e FAL. Alguns fuzis apreendidos são de forças armadas de vários países.

"Estamos diante de um arsenal típico de cenário de guerra”, disse o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, citado em um comunicado oficial.

Curi destacou que agora serão investigadas as rotas usadas pelo crime organizado para trazer as armas para o Rio de Janeiro.

A megaoperação, realizada às vésperas da Conferência Climática da ONU, a COP30, em Belém do Pará, gerou críticas de moradores das favelas do Rio e organismos de defesa de direitos humanos por sua linha-dura.

No entanto, pesquisas publicadas nos últimos dias mostram que a maioria dos entrevistados aprova a operação, qualificada como "um sucesso” contra o “narcoterrorismo” pelo governador Cláudio Castro (PL).

Acusado por setores conservadores de ser leniente no tema da segurança pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na sexta-feira, ter apresentado ao Congresso um projeto de lei que prevê pena de 30 anos de prisão para integrantes de facções criminosas.

Na quinta-feira, o presidente sancionou uma lei que fortalece a luta contra o crime organizado, especialmente definindo como crime a conspiração e a obstrução de ações contra as organizações criminosas.

correiodopovo

05/11/2025

MARAVILHA: SEGUNDO A POLÍCIA, O PCC MOVIMENTOU R$ 5 BILHÕES COM POSTOS EM TRÊS ESTADOS

Postos do PCC movimentaram R$ 5 bilhões em três estados, diz polícia

A investigação da PCPI (Polícia Civil do Piauí) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPPI (Ministério Público do Piauí) aponta que o PCC movimentou R$ 5 bilhões usando 49 postos de combustíveis, em três estados das regiões Nordeste e Norte.

Esses estabelecimentos estão sendo bloqueados judicialmente, na manhã desta quarta-feira (5), conforme revelou a CNN.

A investigação diz que todo o montante das empresas investigadas foi de “movimentações financeiras atípicas”. E detalha que, se considerar apenas as movimentações a crédito de empresas sediadas no Piauí, o total é de R$ 300 milhões monitorados.

Além dos postos interditados, a operação Carbono Oculto 86 também cumpre 17 mandados de busca e apreensão contra investigados no Piauí, Maranhão, Tocantins e em São Paulo. Segundo os investigadores, o foco principal é o grupo investigado na capital paulista.

A polícia diz que a facção utilizava uma complexa estrutura de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar capitais ilícitos, fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônio.

A investigação revelou interconexão direta entre empresários locais e os mesmos fundos e operadores financeiros investigados pela Operação Carbono Oculto, que integrou Receita Federal, Ministério Público de São Paulo e Polícia Militar paulista para desarticular um esquema nacional de lavagem de dinheiro de organizações criminosas.

CNN Brasil

24/10/2025

LÍDER DO PCC AMEAÇA PROMOTOR QUE ENFRENTA FACÇÃO HÁ 15 ANOS

“O salve vai ser cumprido até contra o senhor”: Líder do PCC ameaça promotor que enfrenta facção há 15 anos

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, um dos nomes mais ameaçados do país por enfrentar o crime organizado em São Paulo, voltou a ser alvo do Primeiro Comando da Capital (PCC). Uma liderança da facção criminosa chegou a avisá-lo, anos atrás, que o “salve” — termo usado pelos criminosos para se referirem a ordens de execução — “seria cumprido até contra o senhor”, em tom de ameaça direta.

Tudo começou em 2009, durante a investigação do assassinato de Denílson Dantas Gerônimo, agente do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes, morto a tiros em Álvares Machado, no interior paulista. Segundo o promotor, o crime abalou o sistema prisional, já que o servidor era considerado de elite, responsável por lidar com os presos mais perigosos do país.

Gakiya contou que, meses antes, havia desmobilizado outro plano do PCC para matar um agente penitenciário. Mesmo assim, a facção manteve o comando de execução e cumpriu a ordem, demonstrando o poder e a determinação da organização criminosa em eliminar seus alvos, custe o que custar.

Hoje, Gakiya vive sob escolta da Polícia Militar há mais de 10 anos, depois de ser incluído em uma lista de morte do PCC. Ele revelou que sua casa foi monitorada por drones e que o plano para executá-lo também incluía o ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morto em setembro, em uma emboscada no litoral paulista.

PCC vigiava autoridades

Nesta sexta-feira (24), o Ministério Público e a Polícia Civil deflagraram a Operação Recon, para desmontar o novo plano da facção. Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em várias cidades do interior de São Paulo, como Presidente Prudente, Álvares Machado e Presidente Venceslau.

O grupo investigado é descrito como “altamente disciplinado” e especializado em vigiar autoridades e suas famílias — um braço de inteligência do PCC voltado para o terror contra quem ousa enfrentá-los.

PLANO DO PCC PARA MATAR PROMOTOR E COORDENADOR DE PRESÍDIOS É FRUSTADO EM OPERAÇÃO DA PC, PM E MP

Operação frustra plano do PCC para matar promotor e coordenador de presídios em SP

Uma ação integrada entre as Polícias Civil, Militar e Penal e o Ministério Público frustrou um plano para matar autoridades públicas na região de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 24. Entre os alvos do atentado estava o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco (grupo especial do Ministério Público), que tornou-se uma referência nos últimos anos na investigação das atividades da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Outro alvo era o coordenador de presídios da região oeste de São Paulo, Roberto Medina, responsável pela execução penal nas penitenciárias de cidades como Presidente Prudente, Presidente Venceslau e Presidente Bernardes, onde estão alguns dos principais chefes da facção criminosa.

Ao todo, são cumpridos 25 mandados de busca domiciliar em endereços relacionados aos envolvidos no crime, sendo onze na cidade de Presidente Prudente, seis em Álvares Machado, dois em Martinópolis, dois em Pirapozinho, dois em Presidente Venceslau, um em Presidente Bernardes e o último em Santo Anastácio.

Em 2003, o grupo criminoso tornou-se conhecido nacionalmente ao promover um atentado que resultou na morte do juiz Antonio José Machado Dias, quando ele deixava o Fórum de Presidente Prudente — o magistrado era responsável pelas execuções penais das unidades da região, que à época abrigava alguns dos principais chefes a facção. O PCC nasceu dentro dos presídios paulistas e é, a partir deles, que comanda a complexa estrutura criminosa que evoluiu, se espalhou pelo país e ganhou conexões internacionais nos últimos anos.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira Costa, emitiu nota em apoio às duas autoridades. “A Procuradoria-Geral de Justiça vem a público expressar seu irrestrito apoio a essas duas destacadas autoridades e a todas as demais que, por cumprirem seu dever funcional, se transformam em alvos do crime organizado. Graças à atuação integrada do Ministério Público, da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, o tentame não se consumou”, disse o chefe do Ministério Público paulista.

Ele também firmou que a instituição não se intimidará com a iniciativa da facção. “A população pode ficar tranquila. As instituições continuarão desempenhando o seu papel constitucional: defender a sociedade e combater os que vivem à margem da lei! Diferentemente do que possam suspeitar os autores do plano frustrado, esse acontecimento não intimidará nenhum dos valorosos membros do MPSP, que têm como marca a coragem e a altivez. Pelo contrário. Atuaremos com mais energia ainda. Como afirmei em outra ocasião, não recuaremos sequer um centímetro. Repito: sequer um centímetro!”, escreveu.

As investigações apontaram que a facção criminosa vinha levantando informações sobre a rotina de autoridades públicas do município e de seus familiares. Por meio da troca de informações entre os setores de inteligência das forças de segurança estaduais, montou-se a operação desta sexta, intitulada Recon, com objetivo de identificar os suspeitos e impedir o atentado.

Nenhum suspeito foi preso até o momento, mas as forças de segurança dizem que os itens apreendidos durante as buscas devem colaborar para as próximas etapas da investigação, voltadas para identificação dos participantes do esquema criminoso.

As investigações, conduzidas pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), da Divisão Estadual de Investigações Criminais (Deic), seguem em andamento. Além dos agentes da DIG, participam da operação policiais Batalhão de Ações Especiais (Baep), da Polícia Militar, e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.

10/10/2025

OPERAÇÃO POLICIAL: COMANDO VERMELHO É SUFOCADO NO RJ E TEM 6 CPF'S CANCELADOS EM CONFRONTO

Megaoperação ‘sufoca’ Comando Vermelho em 15 comunidades do RJ; 6 são mortos em confronto

Pelo menos 6 suspeitos foram mortos em confrontos nesta sexta-feira (10) durante uma megaoperação integrada contra o Comando Vermelho (CV) em vários pontos do Rio de Janeirono dia seguinte à morte, em tiroteio, de um dos chefes da facção.

Agentes tinham ido para 15 comunidades ou bairros na Região Metropolitana do RJ.

As mortes aconteceram de madrugada, em uma ação do 41º BPM (Irajá) no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte. Segundo a PM, as equipes foram recebidas a tiros, houve revide, e 6 homens acabaram mortos.

Onde há operação?

Bateau Mouche (Praça Seca): Batalhão de Choque
Chacrinha (Praça Seca): Choque
Cidade de Deus: Bope
Complexo da Mangueirnha (Duque de Caxias): 15º BPM (Caxias)
Gardênia Azul: Bope
Morro da Caixa D’Água (Quintino): Choque
Morro do Banco (Itanhangá): Polícia Civil
Morro do Dezoito (Água Santa): 3º BPM (Méier)
Morro do Jordão (Taquara): Choque
Morro do Juramento (Vicente de Carvalho): 41º BPM (Irajá)
Muzema (Itanhangá): Polícia Civil
Pendura-Saia (Praça Seca): Choque
Rio das Pedras: Polícia Civil — comunidade dominada pela milícia
Tijuquinha (Itanhangá): Polícia Civil
Vila Kennedy: 14º BPM (Bangu)

Operação Contenção

A mobilização desta sexta é mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente de combate ao avanço do CV por territórios do Rio de Janeiro.

O objetivo é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa, além de prender traficantes que atuam na região. “Desde abril, 98 criminosos foram capturados e outros 10 foram neutralizados em confronto”, informou a Polícia Civil.

Um desses “neutralizados” é Ygor Freitas de Andrade, o Matuê, apontado como chefe do tráfico da Gardênia Azul e da Chacrinha. Ele e 2 seguranças foram mortos ao reagir a tiros ao cerco da Polícia Civil.

g1

29/09/2025

ASSOCIAÇÃO DIZ QUE PCC PODE ESTAR POR TRÁS DE FALSIFICAÇÃO DE BEBIDAS COM METANOL

PCC pode estar por trás de falsificação de bebidas com metanol, diz associação

Casos recentes de intoxicação por bebidas adulteradas reacenderam o alerta para o uso ilegal de metanol em São Paulo. A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) suspeita que o produto químico, antes usado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para adulterar combustíveis, esteja agora sendo desviado para destilarias clandestinas.

Dez episódios já foram registrados, com duas mortes confirmadas em São Paulo e São Bernardo do Campo. O Centro de Vigilância Sanitária do Estado ligou os óbitos ao consumo de bebidas com metanol.

O Ministério da Justiça emitiu orientação urgente a bares, restaurantes, mercados, hotéis e plataformas de delivery para reforçar a checagem de procedência, com atenção a sinais como preços baixos, lacres irregulares e odor de solvente.

O metanol é altamente tóxico: pequenas doses podem causar náusea, tontura, cegueira e até a morte. Em operação há um mês, a Agência Nacional de Petróleo flagrou postos vendendo combustíveis com até 90% da substância — quando o limite legal é de 0,5%.

Falsificação de bebidas com metanol já gerou perdas de R$ 88 bilhões ao setor

Segundo a ABCF, depois do fechamento de distribuidoras ligadas ao PCC, parte desse produto teria migrado para o mercado clandestino de bebidas, ampliando riscos à saúde e multiplicando lucros do crime.

A associação calcula que a falsificação gerou perdas de R$ 88 bilhões ao setor em 2024, sendo R$ 29 bilhões em sonegação e R$ 59 bilhões em faturamento ilegal. As investigações apontam que o metanol chegava ao Brasil pelo Porto de Paranaguá (PR), com documentação falsa, colocando em risco motoristas, pedestres e o meio ambiente.

O que fazer em suspeita de intoxicação

Em caso de suspeita de intoxicação, a recomendação é suspender a venda do lote, isolar os produtos, acionar a Vigilância Sanitária e preservar provas para análise.

Consumidores com sintomas como visão turva, dor de cabeça intensa e rebaixamento da consciência devem procurar atendimento médico imediato e contatar o Disque-Intoxicação (0800 722 6001). A venda de bebidas adulteradas é crime sujeito a prisão e multa.

revistaoeste

25/09/2025

LAVAGEM DE DINHEIRO: POSTOS E MOTÉIS SÃO USADOS PELO PCC, APONTA OPERAÇÃO

PCC usa postos e motéis para lavagem de dinheiro, aponta operação

A Operação Spare, deflagrada nesta quinta-feira (25), em São Paulo, aponta que organização criminosa, vinculada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), usava postos de combustíveis, motéis e empresas de fachada para lavagem de dinheiro.

As investigações partiram da suspeita sobre casas de jogos na Baixada Santista e uso de máquinas de crédito e débito ligadas a dois postos de combustíveis.

“Identificamos um grupo criminoso responsável pelo branqueamento de capitais não só por meio dos dois postos. Os envolvidos controlavam também outros estabelecimentos no setor de combustíveis, uma rede de motéis e empresas de fachada que movimentaram milhões de reais”, disse o promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Silvio Loubeh.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão para desarticular esquema de exploração de jogos de azar e venda de combustíveis adulterados, com uso de uma fintech para forjar a origem dos recursos.

O comandante do Policiamento de Choque, o coronel Valmor Racorti, informou que foram apreendidos quase R$ 1 milhão em espécie, 20 celulares, computadores e uma arma de fogo.

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que serão adotadas medidas para maior controle na importação de petróleo e derivados, assim como na identificação de beneficiários finais de fundos de investimento.

“É uma série de avanços que precisaremos fazer para combater essa infiltração tão ampla”, disse.

A Operação Spare teve participação de 110 policiais militares do Comando de Choque de São Paulo, agentes da Receita Federal, da Procuradoria-Geral do Estado e da Secretaria da Fazenda.

Esquema criminoso

Segundo as investigações, máquinas de cartão apreendidas em casas de jogos clandestinos, em Santos, estavam vinculadas a postos de combustíveis. Esses valores eram transferidos para a fintech, que era usada para ocultar a origem ilícita dos recursos milionários.

A empresa é a mesma investigada na Operação Carbono Oculto, realizada no final de agosto contra o PCC.

Um dos alvos é um dos principais operadores do PCC e que atua há mais de duas décadas no mercado de combustíveis no estado de São Paulo.

Os investigados são suspeitos de usar no esquema milionário postos, empreendimentos imobiliários, motéis e lojas de franquias.

Agência Brasil

08/09/2025

QUEM DIRIA(!?): AS ATIVIDADES DO PCC NA FAVELA DO MOINHO EM SP ERAM BLINDADAS POR MOVIMENTOS SOCIAIS

Movimentos sociais “blindavam” atividades do PCC na Favela do Moinho

Uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) aponta que o crime organizado manipulava e financiava movimentos sociais para blindar a Favela do Moinho, no centro de São Paulo, contra a presença de forças policiais.

Lideranças da comunidade foram alvo de uma operação na manhã desta segunda-feira (8/9), deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e as polícias Civil e Militar. Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão.

De acordo com a investigação, Alessandra Moja, irmã de Leo do Moinho, apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) na favela, organizava manifestações públicas por meio da Associação dos Moradores da Favela do Moinho que “blindavam a comunidade de intervenções policiais”. Ela foi presa durante a operação desta segunda.

“O crime organizado mantém em prática a estratégia de blindar o local contra a presença dos órgãos de segurança pública, por meio de manipulação e financiamento de movimentos sociais legítimos, que utilizam estratégias como instigação por criminosos infiltrados no meio dos manifestantes/moradores e registro de incidentes relacionados ao uso da força por parte dos agentes públicos”, dizem os promotores.

O Gaeco também indica que Alessandra auxiliava nas “empreitadas criminosas” do irmão, que foi preso no ano passado. Ela seria responsável pelo grupo que cobrava propina das famílias beneficiadas pelo acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), esquema revelado pelo Metrópoles.

Metrópoles

05/09/2025

GOVERNO FEDERAL MANTÉM CONTRATO COM DISTRIBUIDORA DE COMBUSTÍVEL LIGADA AO PCC

Distribuidora de combustível com laços ao PCC mantém contratos com o governo federal

A Rede Sol Fuel Distribuidora, que possui contratos públicos que somam R$ 424 milhões, está no centro de uma investigação da Operação Carbono Oculto. O empresário Valdemar de Bortoli Júnior, proprietário da empresa, é acusado de estar ligado a fraudes e lavagem de capitais. A operação é conduzida pelo Ministério Público de São Paulo, Polícia Federal e Receita Federal.

A Rede Sol abastece veículos e aeronaves da Presidência da República, além de ministérios como Fazenda, Defesa e Saúde, e a Polícia Militar do Rio de Janeiro. A empresa tem pelo menos 26 contratos ativos com diversas entidades públicas, com vigências que variam de um a cinco anos. Entre os contratos mais significativos estão: R$ 3,1 milhões para abastecimento da Presidência, R$ 148 milhões para a PM do Rio, e R$ 154 milhões para o Comando da Aeronáutica.

As investigações apontam que Bortoli tem "sólidos vínculos" com indivíduos envolvidos em fraudes. Além disso, a Rede Sol é acusada de ter sido adquirida pelo fundo Mabruk II por R$ 30 milhões, o que a empresa nega. O fundo é investigado por supostos vínculos com o PCC no mercado de combustíveis, aumentando a gravidade das acusações contra Bortoli e sua empresa.

02/09/2025

'PAIZÃO': FILHO DE LEWANDOWSKY ADVOGA PARA EMPRESA LIGADA AO PCC

Empresa ligada ao PCC tem filho de Lewandowski como advogado

O filho do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, atua como um dos advogados da Terra Nova Trading, empresa ligada a um esquema de fraude bilionária envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC). Por meio de nota, ele confirmou que atua para a empresa, mas apenas em causas cíveis e tributárias desde 2018 e que não participa de processos criminais.

A Terra Nova Trading foi alvo da Operação Carbono Oculto, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Federal (PF) e Receita Federal. As investigações apontam que a empresa teria sido usada para gerar créditos tributários falsos, inflar preços em transações internas e lavar dinheiro do crime organizado.

Segundo o MPSP, Mohamad Hussein Mourad, apontado como “epicentro das operações”, usava a Terra Nova para importar nafta com imposto reduzido, de 1% contra 25% em São Paulo, tornando ilegalmente mais barata a produção de combustíveis.

Enrique Lewandowski consta como advogado da Terra Nova em processos tributários no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) desde 2019 e em ação no Tribunal de Justiça de São Paulo datada de 2021. Ele permanece listado como representante legal da empresa nesses casos. As informações são do Metrópoles.

pleno.news

31/08/2025

FIGURÕES DA FARIA LIMA ENVOLVIDOS PELA OPERAÇÃO CONTRA PCC TEM SEUS NOMES VAZADOS

Vazam os nomes dos figurões da Faria Lima envolvidos pela operação contra o PCC

A polícia investiga executivos do mercado financeiro brasileiro por suposta participação em esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação Carbono Oculto foi deflagrada na última quinta-feira (29), mirando banqueiros e gestores de patrimônio suspeitos de integrarem uma rede de fraudes e lavagem de recursos da facção criminosa.

Eis os nomes vazados de alguns investigados:

João Carlos Mansur, fundador da Reag;
Mohamad Hussein Mourad, que se apresentava como CEO da G8 Log;
Rodolfo Riechert, fundador da Genial Investimentos;
Roberto Augusto Leme da Silva, o "Beto Louco";
Ricardo Magro, controlador da refinaria Refit;
Maurício Quadrado, sócio da Trustee DTVM e do Banvox.

Mansur, que criou a Reag em 2013, administra fundos como Mabruk II e Hans 95. De acordo com a PF, esses fundos teriam sido usados para fraudar e lavar cerca de R$ 250 milhões provenientes do PCC. A Reag está listada na Bolsa de Valores e controla ativos que totalizam R$ 299 bilhões, sendo considerada a maior gestora de patrimônio do país.

Mohamad Hussein Mourad é apontado pelos investigadores como o "epicentro das operações" do esquema. Além da G8 Log, empresa de transporte rodoviário de cargas perigosas, ele tinha participação na Copape, formuladora de combustíveis que figura como elemento central na investigação policial.

Roberto Augusto Leme da Silva, chamado de "Beto Louco", é identificado como líder do esquema criminoso que motivou a operação. Segundo a investigação, ele trabalhava com Mohamad na gestão da Copape e da Aster, empresas que teriam sido utilizadas para fraudes fiscais e contábeis, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

A refinaria Refit, anteriormente conhecida como Manguinhos, controlada por Ricardo Magro, teria fornecido combustíveis às empresas da organização por meio da distribuidora Rodopetro. Magro foi preso em 2016, acusado de envolvimento em desvios de fundos de pensão.

Maurício Quadrado entrou na investigação por ser sócio da Trustee DTVM e do Banvox, administradoras de recursos que controlam fundos supostamente utilizados pelo grupo criminoso. As duas empresas foram alvos diretos da operação.

A Genial Investimentos, comandada por Rodolfo Riechert, administra o fundo Radford, avaliado em R$ 100 milhões. Segundo o Ministério Público, o fundo foi constituído pelo grupo de Mohamad para servir ao esquema. A instituição é mencionada sete vezes no documento que fundamentou a operação policial.

A investigação demonstra como o sistema financeiro pode ser utilizado para transformar recursos de origem ilícita em ativos aparentemente legítimos no mercado. Os investigados teriam estruturado uma rede de empresas e fundos de investimento para movimentar dinheiro do PCC.

jornaldacidadeonline

30/08/2025

PROMOTOR QUE INVESTIGA O PCC HÁ 20 ANOS DIZ; 'PCC PASSOU DA FASE DE FUZIL E ESTÁ EM TODA ECONOMIA' - VEJA ENTREVISTA

'PCC passou da fase de fuzil e está em toda a economia', diz promotor que investiga facção há 20 anos

Principal nome do combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC) no país, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya está pessimista. A facção nascida nos presídios paulistas nunca teve um tamanho parecido ao de hoje — em faturamento, presença internacional e infiltração na economia formal — em seus mais de 20 anos de atuação no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de Presidente Prudente, do Ministério Público de São Paulo. Gakiya comemora os resultados da megaoperação contra o PCC, mas diz acreditar que, sem uma agência nacional que coordene as ações de combate, o país não irá avançar. Se nada de diferente for feito, avalia, o Brasil pode se tornar um narcoestado nas próximas décadas.

A megaoperação que revelou o elo do PCC com o setor de combustíveis mostrou que, depois de controlar o tráfico internacional de drogas e contratos no setor público, o crime organizado se infiltrou no setor financeiro. O que ficou evidenciado com a operação?

Veja, não foi só com essa operação. Desde a Operação Sharks, detectamos a presença de fintechs que ajudavam a mandar o dinheiro do PCC através de doleiros para o Paraguai. Outras operações também demonstraram isso. No caso da Carbono Oculto, ficou claro que é uma operação bem mais sofisticada, porque não envolve apenas o PCC, mas também organizações criminosas que agem em conjunto com o PCC na adulteração de combustível, sonegação de impostos e fraude ao consumidor.

O esquema de lavagem de dinheiro serve ao PCC, mas não é exclusivo dele. Que outros grupos criminosos se valem destes mecanismos?

É toda sorte de criminosos. A máfia dos combustíveis não é formada só pelo PCC. Às vezes, há empresários que não são batizados pelo PCC, mas que operam em associação à facção ou mantêm negócios com ela. Esses criminosos procuram facilidades e baixo risco, e é isso que encontram nessas fintechs.

O senhor pode detalhar a conexão dos acusados na Operação Carbono Oculto com o PCC?

Não posso detalhar, porque essa operação não é minha, é de colegas do MP. Mas, genericamente, havia empresários no setor de combustível — refinarias, usinas, importação de metanol e outros componentes — que acabaram se ligando a integrantes do PCC. Empresários ligados ao PCC ou que se associaram a integrantes da facção atuavam seja nos postos, seja na compra de usinas.

O PCC começou a lavar dinheiro há pelo menos uma década comprando postos de gasolina e agências de automóveis. É possível saber em quantos setores da economia formal o PCC está hoje?

Não, é impossível. O PCC já pode ser classificado como uma organização mafiosa. Não precisa mais da ostensividade da violência, exibindo fuzis e praticando crimes cinematográficos. Ele já passou dessa fase, está ganhando muito dinheiro, principalmente com o tráfico internacional de cocaína para a Europa. Esse dinheiro volta e precisa entrar na economia formal. Antigamente, o PCC montava empresas de fachada, mais simples de detectar. Agora, as empresas são lícitas, têm funcionários, prestam serviços reais e têm capital da facção. É muito difícil dimensionar em que negócios o PCC está. É mais fácil dizer em qual ramo da economia ele não está.

No ano passado, houve incêndios em plantações de cana no interior de São Paulo e cogitou-se a hipótese de episódios criminosos. Há relatos de que a facção ameaça proprietários de fazendas para comprar terras mais baratas. Essa investigação esclareceu isso?

É preciso separar o joio do trigo. Nem todo o setor de usinas, inclusive nessa operação, é operado diretamente pelo PCC. Há conexões com a facção. Agora, há relatos de proprietários de usinas e postos que foram ameaçados ou constrangidos a vender seus negócios para grupos criminosos ligados ao PCC. O PCC está associado a alguns grupos, mas há uma máfia gigante no setor de combustíveis que precisa ser apurada.

Como funciona essa ligação com o PCC?

O empresário é batizado no PCC? É integrante ou líder? Me parece que não. Ele pode estar associado, sem ser integrante da facção — e estou falando aqui genericamente, não de uma operação. Vinícius Gritzbach, por exemplo, não era integrante do PCC, mas operava para ele, sendo um elo essencial. No caso das usinas, para adulterar combustível, vender combustível adulterado ou fraudar notas fiscais, era preciso se associar a quem estava na ponta. O PCC tem integrantes atuando em postos de combustíveis. Se o empresário A ou B é integrante do PCC, os colegas que vão dizer. O resultado é o mesmo: uma cadeia logística criminosa operada pelo PCC.

Ventilou-se a possibilidade de a operação chegar a políticos. Isso vai acontecer?

O PCC tem todo o interesse, estando na economia formal, de participar dessa fatia do bolo, ou seja, de licitações ou dos negócios públicos. Quando você elege representante, seja no Legislativo, seja no Executivo, você vai cobrar a conta depois. No ano que vem, teremos campanhas e é bem possível que o PCC também esteja financiando algum candidato.

O ministro Fernando Haddad anunciou que as fintechs serão enquadradas como instituições financeiras pela Receita Federal. Qual é a importância disso?

É fundamental. Elas passarão a ser fiscalizadas, limitando o espaço para o crime organizado. Esse espaço vai paulatinamente deixar de ser ocupado pelo crime organizado. Eles vão ter que migrar para um outro tipo de atividade que os permita lavar dinheiro. Ontem foi um dia muito importante. A operação levou o governo a antecipar uma medida que ele tomaria só em 2029. Mas não só isso. Os bancos e fundos de investimento usados pelo crime organizado vão ter que rever os seus padrões de compliance. Porque não foram cuidadosos em verificar a idoneidade do investidor, e isso é obrigação deles.

A integração entre agências é citada como essencial para combater o crime. Mas ontem houve disputa política entre MP e PF, que fizeram operações parecidíssimas separadamente e divulgaram os resultados no mesmo horário. Ao fim do dia, isso virou disputa política entre os governos de São Paulo e federal. Isso atrapalha o trabalho na ponta?

Escuto sobre integração há 34 anos, desde que comecei no MP. O problema é como fazer isso. Há uma dificuldade grande em unir todas essas instituições. Não há nenhuma subordinação entre elas, cada uma tem seu ramo de atuação, suas expectativas, sua formação e gera muita disputa institucional. Ontem, ouvi “olha, a operação foi do MP-SP, não da Polícia Federal”. Não é verdade. Foi de todos. Não tem ninguém ali que é protagonista. O maior desafio do Brasil, hoje, em termos de segurança pública, é coordenação e integração.

Como resolver isso?

Sou a favor da criação de uma agência antimáfia. Nós já temos máfia no Brasil, o PCC já é uma organização mafiosa. Seria um órgão composto por todas as instituições e não por uma ou algumas delas. Eu defendo este modelo, não o Ministério Público.

O diretor da PF, Andrei Rodrigues, já veio ao público algumas vezes se posicionar de forma contrária à criação de uma agência antimáfia, alegando que a própria instituição já cumpre esse papel. O senhor acha que a criação da agência ainda está de pé?

Você acha que a Polícia Federal supre o papel? Se tivesse suprido o papel de fazer essa integração entre as instituições, não estaríamos no estado que estamos agora. A Receita não trabalha junto com a Polícia Federal. A PF não trabalha com o Ministério Público.

O PCC está em 28 países, já chegou aos três Poderes e já pode ser considerado uma organização mafiosa. É possível saber qual o próximo passo da organização?

Estamos em um processo de formação — isso pode demorar duas, três décadas — de um Estado paralelo, de um narcoestado, se nada for feito. Quando o crime começa a dominar as prefeituras, as câmaras municipais, e depois a ter influência sobre os governos estaduais, pode chegar a eleger um presidente ou então ter ligações diretas com o presidente. É isso que precisamos evitar. O crime organizado está num processo de crescimento exponencial. E ninguém sabe onde isso vai chegar.

O Globo

PCC SE APROXIMA DE MÁFIAS E CARTÉIS INTERNACIONAIS E JÁ SE ESPALHA POR 28 PAÍSES

PCC se espalha por 28 países e se aproxima de máfias e cartéis internacionais




O avanço do PCC fora do Brasil virou um desafio para as autoridades de segurança nas Américas, na África e na Europa. A facção se aproximou dos cartéis e máfias que agem no exterior e já foi identificada em 28 países.

As seguidas apreensões de drogas na Europa, principalmente cocaína, mostram a dimensão do problema. Anualmente, toneladas são apreendidas nos portos, no meio da carga de navios, e uma quantidade menor nos aeroportos, com as mulas do tráfico.

A maior parte da cocaína que chega ao continente europeu sai dos países produtores da América do Sul, passa pelo Brasil e é embarcada no Porto de Santos por traficantes do PCC.

A atuação da facção criminosa brasileira já foi identificada em 28 países. O principal foco é a tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, mas há ligações nos Estados Unidos, México, Japão e Europa, onde a maior presença é em Portugal: são 87 criminosos já identificados, dos quais 29 presos. Já na Itália, a facção age em conjunto com as máfias locais.

Na Europa, investigadores alertam para um verdadeiro tsunami de cocaína vinda pelo Brasil, com volumes cada vez maiores sendo detectados em portos e aeroportos. O produto, que é comprado por US$ 2 mil o kg na Bolívia é revendido em solo europeu por 35 mil dólares. Além da cocaína, a máfia brasileira, como o PCC é conhecido na Europa, lava o dinheiro no exterior.

Para enfrentar o problema, a União Europeia intensificou a cooperação entre países, com ações conjuntas da Europol e agências de países vizinhos monitorando rotas e redes de tráfico. O Reino Unido também aumentou o patrulhamento nos portos e aeroportos, criou unidades especiais de inteligência e ampliou penas para traficantes internacionais.

29/08/2025

O CRIME REALMENTE É 'ORGANIZADO'

PCC usava mais de mil postos de combustível para lavar dinheiro e controlava 40 fundos de investimentos, diz Receita

A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) usava mais de mil postos de combustíveis em dez estados e controlava 40 fundos de investimentos para lavar dinheiro, segundo a Receita Federal. A megaoperação Carbono Oculto, deflagrada nesta quinta-feira (28) pelo Ministério Público de São Paulo, Receita Federal, Polícia Federal e outros órgãos visa desmantelar esse esquema, e é a maior do tipo na história do país. Ao todo, são 350 alvos de busca e apreensão, entre pessoas físicas e empresas em sete estados.

Segundo a Receita, o esquema de lavagem de dinheiro incluía desde empresas formuladoras de combustíveis até os postos, tanto na venda de álcool, gasolina e diesel quanto nas lojas de conveniência que ficam nesses locais. Os valores eram inseridos no sistema financeiro por meio de fintechs e, por fim, o dinheiro de origem ilícita era reinvestido em negócios e propriedades por meio de fundos de investimentos.

Tudo começava no setor de combustíveis. De acordo com as investigações, entre 2020 e 2024, as empresas formuladoras de combustível ligadas ao PCC importaram R$ 10 bilhões em nafta, hidrocarbonetos e diesel, usando dinheiro ilegal da facção. Formuladoras de combustível são empresas autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a misturar hidrocarbonetos e outros componentes para produzir gasolina e óleo diesel.

Essas empresas sonegavam impostos — que totalizaram R$ 8,67 bilhões — e também adulteravam combustíveis distribuídos nos postos. Ainda de acordo com as investigações, as lojas de conveniência e as administradoras desses postos, além de padarias, também participavam do esquema. Mais de mil postos em dez estados eram usados pela organização criminosa.

Na maioria dos casos, os valores que os postos recebiam em dinheiro ou cartão eram destinados ao PCC, totalizando R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, com um recolhimento de impostos incompatível com o que ganhavam. A Receita Federal multou os locais em R$ 891 milhões.

Destes, 140 postos não tiveram nenhuma movimentação durante esses quatro anos, mas mesmo assim eram incluídos em notas fiscais como compradores de mais de R$ 2 bilhões de combustíveis. “Possivelmente, essas aquisições simuladas serviram para ocultar o trânsito de valores ilícitos depositados nas distribuidoras vinculadas à organização criminosa”, afirmou a Receita.

Os mil postos ficavam nos estados de São Paulo, Bahia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.

Fintechs e fundos de investimentos para blindar recursos

Esses valores arrecadados no setor de combustíveis chegavam ao sistema financeiro por meio de fintechs. Uma delas atuaria como “banco paralelo” do PCC, e movimentou R$ 46 bilhões de 2020 a 2024. As mesmas pessoas controlavam outras instituições de pagamento menores, usadas para criar uma dupla camada de ocultação. A fintech recebia tanto os valores das máquinas de pagamento em cartão como dinheiro em espécie, que somaram, somente entre 2022 e 2023, mais de R$ 61 milhões, em 10 mil depósitos.

Esses depósitos chamaram a atenção dos investigadores por ser um procedimento incomum em instituições de pagamento, que costumam receber mais pagamentos por meios digitais ou cartões.

Essas fintechs usavam uma “conta-bolsão”, que é aberta em nome da própria empresa financeira. Por meio dessa conta, os recursos de todos os seus clientes circulam de forma não separada, e assim elas faziam a distribuição de dinheiro entre as distribuidoras e os postos de combustíveis, e também para as empresas e fundos de investimentos administrados pelo PCC. A facção também usava essas fintechs para pagar seus integrantes. A BK Instituição de Pagamento S.A. é apontada como a principal instituição de pagamento envolvida no esquema.

Posteriormente, esse dinheiro que já estava em contas bancárias era reinvestido em negócios e propriedades por meio de fundos de investimentos. Segundo a Receita, ao menos 40 fundos de investimentos, de multimercado e imobiliários, eram controlados pelo PCC. O patrimônio gerido pela organização chega a R$ 30 bilhões.

Segundo as investigações, esses fundos são fechados e têm um único cotista, geralmente outro fundo de investimento, o que cria uma teia complexa de sócios que gera mais camadas de ocultação. Os fundos chegaram a comprar um terminal portuário, quatro usinas produtoras de álcool – e planejavam adquirir mais duas usinas —, além de 1.600 caminhões para transporte de combustíveis e mais de 100 imóveis. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), as usinas envolvidas são a Usina Itajobi, Carolo, Furlan e Rio Pardo, todas no interior do estado, e o grupo Copape e Aster é um dos principais alvos.

Entre os imóveis comprados pela facção, estavam seis fazendas no interior de São Paulo, avaliadas em R$ 31 milhões, e uma residência em Trancoso (BA), comprada por R$ 13 milhões.

O Globo

12/07/2025

DESVIO DE EMENDAS PARLAMENTARES AO PPC NO CEARÁ - SAIBA COMO OPERAVA O ESQUEMA

Saiba como operava o esquema de desvio de emendas parlamentares ao PCC

Uma investigação conduzida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou um esquema de desvio de emendas parlamentares no Ceará que ultrapassa os limites da corrupção tradicional. Segundo o magistrado, há vínculos diretos com facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Como funcionava o esquema de desvio de emendas no Ceará?

De acordo com a Polícia Federal (PF), parlamentares cobravam “pedágios” de até 15% para liberar recursos das emendas. Esse caixa paralelo teria financiado a eleição de mais de 50 prefeitos no Estado.

O que os prefeitos faziam depois de eleitos?

Prefeitos beneficiados pelo esquema usavam seus mandatos para direcionar verbas públicas a empresas ligadas ao crime organizado. Entre os contratos investigados estão:

-Coleta de lixo;
-Transporte público;
-Merenda escolar; e
-Marmitas para presídios.

Quem é Júnior Mano e qual seu papel no caso?

O principal nome citado nas investigações é o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), suspeito de liderar o esquema. Entre 2019 e 2024, o parlamentar destinou cerca de R$ 120 milhões em emendas para prefeituras cearenses.

Em 2023, articulou a eleição de Bebeto Queiroz para a Prefeitura de Choró. Depois de ser citado pela PF por suspeita de ligação com o PCC, Queiroz desapareceu e está foragido há sete meses.

Quais os próximos passos da investigação?

Por determinação de Gilmar Mendes, a PF deve:

-Quebrar sigilos bancários;
-Ouvir os principais suspeitos; e
-Rastrear o destino dos recursos desviados.

Até o momento, nenhum dos investigados fechou acordo de delação premiada.

Esquema pode se repetir em outros Estados?

Segundo Gilmar Mendes, o modelo de corrupção que envolve emendas parlamentares não é exclusivo do Ceará. A Polícia Federal já detectou casos semelhantes em outros Estados, o que indica um padrão disseminado de atuação criminosa com verbas públicas.

O que diz Júnior Mano?

Em nota, o deputado negou envolvimento com o esquema. Alegou que, como parlamentar, não exerce funções administrativas em prefeituras nem participa da execução de contratos. Disse confiar nas instituições e que provará a legalidade de seus atos ao final do processo.

revistaoeste

09/07/2025

ABSURDO: SAIBA QUEM É A MULHER QUE NEGOCIOU ENTRADA DE LULA EM FAVELA DE SP

Quem é a mulher que negociou com ministro a ida de Lula a Favela do Moinho

A mulher que se reuniu com o ministro Márcio Macêdo (PT), da Secretaria-Geral da Presidência da República, no fim do mês passado é Alessandra Moja Cunha. Ela é irmã do traficante Leonardo Monteiro Moja, o Léo do Moinho, apontado como uma das lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) do centro de São Paulo.

Alessandra Moja é presidente de uma ONG que diz representar as famílias da Favela do Moinho. No endereço da entidade, porém, a polícia já encontrou maconha, cocaína e crack que seriam destinados ao centro da capital.

Mas, o pior não é isso. Alessandra já foi condenada e presa por participar de um crime de homicídio – a vítima foi morta com vários golpes de faca. A reunião entre Alessandra Moja e o ministro de Lula ocorreu no último dia 25.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), a Favela do Moinho é controlada pelo PCC e o acesso costuma ser restrito a não moradores.

Léo do Moinho, irmão de Alessandra, foi preso em agosto de 2024 no âmbito da megaoperação Salus et Dignitas. A família do traficante é apontada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP por ter tranformado a região em uma espécie de base de distribuição de drogas do PCC.

O Gaeco disse o seguinte sobre a família Moja:
“A família Moja se aproveitou da desorganização e ausência do Estado naquela região para instalar um ambiente de várias práticas criminosas, que se retroalimentam dentro da clandestinidade e que violam direitos humanos básicos das pessoas que lá se encontram, em especial os dependentes químicos, inclusive incitando movimentos dentro da comunidade de subversão contra as ações policiais”.