O avanço do PCC fora do Brasil virou um desafio para as autoridades de segurança nas Américas, na África e na Europa. A facção se aproximou dos cartéis e máfias que agem no exterior e já foi identificada em 28 países.
As seguidas apreensões de drogas na Europa, principalmente cocaína, mostram a dimensão do problema. Anualmente, toneladas são apreendidas nos portos, no meio da carga de navios, e uma quantidade menor nos aeroportos, com as mulas do tráfico.
A maior parte da cocaína que chega ao continente europeu sai dos países produtores da América do Sul, passa pelo Brasil e é embarcada no Porto de Santos por traficantes do PCC.
A atuação da facção criminosa brasileira já foi identificada em 28 países. O principal foco é a tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, mas há ligações nos Estados Unidos, México, Japão e Europa, onde a maior presença é em Portugal: são 87 criminosos já identificados, dos quais 29 presos. Já na Itália, a facção age em conjunto com as máfias locais.
Na Europa, investigadores alertam para um verdadeiro tsunami de cocaína vinda pelo Brasil, com volumes cada vez maiores sendo detectados em portos e aeroportos. O produto, que é comprado por US$ 2 mil o kg na Bolívia é revendido em solo europeu por 35 mil dólares. Além da cocaína, a máfia brasileira, como o PCC é conhecido na Europa, lava o dinheiro no exterior.
Para enfrentar o problema, a União Europeia intensificou a cooperação entre países, com ações conjuntas da Europol e agências de países vizinhos monitorando rotas e redes de tráfico. O Reino Unido também aumentou o patrulhamento nos portos e aeroportos, criou unidades especiais de inteligência e ampliou penas para traficantes internacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário