*A tarifa de 40% aplicada pelos Estados Unidos ao café brasileiro está deixando o Brasil em clara desvantagem em relação aos concorrentes, que exportam com tarifa zero. O alerta é de Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, em entrevista ao Mercado Aberto, do Canal UOL. Segundo Matos, a combinação entre safra menor em 2025 e barreira tarifária elevada aumenta o risco de o Brasil perder espaço no maior mercado do mundo — e essa perda pode se tornar irreversível. Ele afirma que, enquanto o Brasil enfrenta tarifa de 40%, concorrentes já avançam com contratos de curto, médio e longo prazo, fortalecendo relações comerciais e consolidando novos blends junto aos consumidores. Matos considera mais viável ampliar a lista de produtos isentos do que obter uma isenção tarifária total temporária. Ele reforça que a competitividade é determinada não apenas pelo custo brasileiro, mas pela diferença em relação aos outros exportadores. Apesar da queda nas vendas externas por causa da safra reduzida, o Brasil segue exportando para 120 países. Ainda assim, Matos diz que o país não pode perder espaço nos Estados Unidos, sede das principais empresas globais do setor, e defende que negociações bilaterais priorizem produtos estratégicos.
*A CPI do INSS cancelou a sessão marcada para esta segunda-feira (17), após os dois depoentes do dia apresentarem justificativas para a ausência. O empresário Thiago Schettini conseguiu um habeas corpus cedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça desobrigando o comparecimento, e o ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social Jucimar Fonseca da Silva tem um atestado médico. A junta médica do Senado analisou que Jucimar tem condições de prestar depoimento e, por isso, a CPI deverá novamente convocar uma sessão para ouvi-lo. Schettini é apontado por parlamentares membros da CPI como um dos operacionalizadores do esquema fraudulento de descontos não autorizados em aposentadorias. O deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos autores do requerimento de convocação, aponta que Schettini tinha relações com uma das entidades beneficiárias do esquema e com Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. Jucimar também é citado como uma parte envolvida no esquema.
*O locutor esportivo Galvão Bueno foi internado, neste final de semana, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele foi diagnosticado com uma pneumonia viral. Victória Bueno, neta de Galvão, disse para a revista Quem que o locutor não se sentiu bem e foi para o hospital a fim de fazer um check-up. Ela também contou que o avô passa bem e está em um quarto. – Mas ele já está tratando, está bem e melhorando. Muito em breve, já estará na ativa novamente – declarou. Ainda de acordo com Victória, a previsão é que Galvão tenha alta médica ainda nesta semana.
*A Transparência Internacional criticou duramente o governo Lula pelo uso de uma aeronave da Força Aérea Brasileira no transporte da ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia ao Brasil, onde ela recebeu asilo diplomático. A ONG afirmou que a FAB atuou como “piloto de fuga” ao retirar Heredia de Lima, classificando o episódio como “uma desonra que o povo brasileiro não merecia”. Condenada a 15 anos de prisão por contribuições ilegais da Odebrecht nas campanhas de 2006 e 2011 — caso em que seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, também foi condenado e está preso — Heredia desembarcou em Brasília em abril, acompanhada do filho. O voo custou R$ 345 mil, segundo dados obtidos pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) via requerimento ao Ministério da Defesa. O chanceler Mauro Vieira afirmou à época que o asilo teve base humanitária, citando uma cirurgia recente da ex-primeira-dama e a presença de um menor de idade. Segundo ele, o uso da FAB era a única forma segura e rápida de retirada, amparada pela Convenção de Caracas e pela “tradição de acolhimento” do Brasil. No início do mês, a defesa de Heredia pediu ao STF a invalidação de provas usadas em sua condenação. Em beneficio da ex-primeira dama condenada por corrupção, ministro Dias Toffoli acolheu o pedido dos seus advogados brasileiros, ligados ao PT, para anular provas produzidas pela Odebrecht do pagamento de suborno ao casal, por meio de Nadine Heredia, e ainda proibiu cooperação do governo brasileiro na cessão dessas evidências à Justiça peruana.
*O Ministério Público realizou um evento com Alexandre de Moraes como palestrante do XXVI Congresso Nacional do Ministério Público, o congresso aconteceu na última semana (nos dias 11 a 14 de novembro), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A escolha ocorre após o ministro ser incluído na lista de sancionados dos Estados Unidos pela Lei Global Magnitsky, o que coloca o evento, seus organizadores e patrocinadores (Ambipar, Coca-Cola, JusPrev, Alper, Picoay, Sindicom, Caixa, BRB, Banco do Brasil, Febraban, Vinícola Brasília, Multiplan, entre outros) sob risco de enquadramento por “auxílio material”, segundo o jornalista Cláudio Dantas. O jurista André Marsiglia afirmou: "Não surpreende Moraes palestrar em evento do Ministério Público, se age mais como acusador que como juiz. E, mesmo que não receba valores, a Magnitsky considera auxílio material convites para reabilitar a imagem de sancionados. Patrocinadores e envolvidos podem acabar punidos." O jornalista Paulo Figueiredo disse: "O governo dos EUA, especificamente o OFAC, não é tão ágil quanto gostaríamos na hora de aplicar as penalidades àqueles que violam as sanções (e estamos trabalhando também nesta direção). Mas, apesar de tardar, raramente eles falham - e já estão cientes disso aqui."

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