23/11/2025

ARTIGO DE OPINIÃO PUBLICADO NO WALL STREET JOURNAL

 

🚨O artigo de opinião publicado no Wall Street Journal acendeu um alerta que o Brasil inteiro finge não ver. A colunista Mary Anastasia O’Grady, uma das vozes mais respeitadas do jornal, afirmou que o país vive um “golpe de Estado na Suprema Corte”, descrevendo a atuação de Alexandre de Moraes como um poder sem limites, sem freios e sem qualquer correspondência com o modelo democrático tradicional. O texto não veio de um blogueiro, nem de um militante político, mas de um veículo que é referência mundial. E o que ele descreve é um Brasil que parece cada vez mais distante da normalidade institucional.

O’Grady compara o cenário brasileiro ao caminhar da Venezuela sob Hugo Chávez. Segundo ela, o método é o mesmo: controlar as instituições, concentrar poder, eliminar opositores e justificar tudo sob o pretexto de proteger a democracia. Para a colunista, os inquéritos das fake news e das supostas milícias digitais se tornaram instrumentos de perseguição, nos quais Moraes atua como investigador, acusador e juiz, acumulando funções incompatíveis com qualquer sistema de garantias individuais. A crítica central é que as fronteiras entre Justiça e poder político se apagaram.

A colunista aponta ainda para o uso frequente da censura, das prisões preventivas prolongadas e de decisões monocráticas que impactam milhões de brasileiros sem debate colegiado. O que deveria ser exceção virou regra. Vozes de oposição são silenciadas enquanto decisões judiciais são tomadas em velocidade seletiva: rápidas quando o alvo é conservador, lentas quando envolvem aliados do governo. Para o artigo, a democracia no Brasil se tornou dependente do humor de um ministro, e não do equilíbrio entre os Poderes.

Em resposta, o STF publicou nota defendendo a legalidade de suas decisões. Mas a simples necessidade de um tribunal supremo responder à imprensa internacional já revela o tamanho da crise. Quando um país começa a ser visto como exemplo de autoritarismo judicial pelos maiores jornais do mundo, é porque o problema ultrapassou fronteiras. A pergunta que fica é dura e inevitável: o Brasil ainda vive sob a Constituição ou sob a vontade de um único homem? O artigo não cria o problema. Apenas expõe o que o povo já sente há anos.

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