16/11/2025

A COP DA HIPOCRISIA

Ministro destruiu área verde na sede da COP30 para posto de combustíveis

O ministro do Turismo Celso Sabino (União) está agarrado ao cargo no governo de Lula (PT) contra a vontade de seu partido. Enquanto resiste em buscar capital político na conferência climática mundial COP30, na capital do Pará, onde deseja ser eleito senador em 2026, uma empresa do minitro reservou R$ 3 milhões da Capital Real Combustíveis e Derivados para um projeto que já destruiu uma área verde de 5 mil m² para erguer seu posto de combustíveis, vizinho ao Aeroporto de Belém.

O auxiliar do presidente petista disse ter todas as licenças ambientais para o projeto que alega não ter destruído parte da Floresta Amazônica, mas açaizeiros e vegetação rasteira de juquiras, na área da União cedida à empresa da qual é sócio pela concessionária Noa (Norte da Amazônia Airports), que administra o Aeroporto de Belém até 2053. A cessão prevê um custo de R$ 65 mil mensais, mais 2% do faturamento do negócio.

O Aeroporto de Brasília é a a principal via de acesso de turistas do mundo inteiro que visitam a capital do Pará, que tem acolhido ambientalistas e autoridades de todo o planeta, para debater temas cruciais para um futuro sustentável. Mas a cúpula das Nações Unidas tem enfrentado dificuldades de consensos sobre medidas efetivas para retardar e tentar reverter o aquecimento global.

Por enquanto, prevalecem os interesses econômicos sem compromisso com o meio ambiente e a retórica política e eleitoral comuns aos debates e tratados descumpridos ao longo de quase três décadas.

“Esse posto, na verdade, é uma empresa da qual eu sou sócio que está construindo, não sou eu pessoalmente”, justificou o ministro, para o UOL Notícias. “Tinha açaí também, lá”, admitiu, sobre a derrubada das palmeiras com fruto típico da Amazônia.

Em julho, na sede da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), o ministro participou da assinatura de um contrato de financiamento de R$ 6 milhões da Caixa para viabilizar um hotel e uma locadora do empresário Felipe Santos, nos arredores do terreno do posto de gasolina da empresa de Sabino, em Belém.

Veja como era a área verde que deu espaço ao posto de Sabino:

Por enquanto, prevalecem os interesses econômicos sem compromisso com o meio ambiente e a retórica política e eleitoral comuns aos debates e tratados descumpridos ao longo de quase três décadas.

“Esse posto, na verdade, é uma empresa da qual eu sou sócio que está construindo, não sou eu pessoalmente”, justificou o ministro, para o UOL Notícias. “Tinha açaí também, lá”, admitiu, sobre a derrubada das palmeiras com fruto típico da Amazônia.

Em julho, na sede da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), o ministro participou da assinatura de um contrato de financiamento de R$ 6 milhões da Caixa para viabilizar um hotel e uma locadora do empresário Felipe Santos, nos arredores do terreno do posto de gasolina da empresa de Sabino, em Belém.

Veja como era a área verde que deu espaço ao posto de Sabino:

Vegetação em Belém que foi destruída por empresa do ministro do Turismo Celso Sabino para construir posto de gasolina (Foto: Reprodução/Google Maps)

DP

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