China diz que “nunca permitirá que alguém” a separe de Taiwan
A China informou, nesta terça-feira (21), que continuará a trabalhar por uma “reunificação pacífica” com Taiwan. Mas advertiu que “nunca permitirá que alguém ou qualquer força separe” a ilha do território chinês, comentando as falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma possível invasão.
– Estamos dispostos a nos esforçar com a máxima sinceridade e dedicação para alcançar a perspectiva de “reunificação” pacífica, mas nunca permitiremos que alguém ou qualquer força separe Taiwan da China por qualquer meio – enfatizou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, em entrevista coletiva.
O porta-voz destacou que a diplomacia entre chefes de Estado “desempenha um papel insubstituível de orientação estratégica nas relações China-EUA” e que “os líderes dos dois países mantêm uma comunicação próxima e trocas frequentes”, embora tenha dito que não tinha informações sobre um possível convite a Trump para visitar o país.
Guo reiterou que a posição da China sobre a questão de Taiwan “é consistente e clara”, e que “a forma de resolvê-la depende exclusivamente do povo chinês”.
Trump declarou nesta segunda (20) que “a China não quer fazer isso”, em referência a um suposto plano de invasão de Taiwan, e disse que viajará ao país asiático no início de 2026.
O governo de Taiwan, por sua vez, declarou nesta terça-feira que os canais de comunicação com Washington “são fluidos” e que ambas as partes mantêm contato “constante” às vésperas da reunião entre o presidente chinês Xi Jinping e Trump, prevista para o final de outubro na Coreia do Sul, no âmbito do fórum Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), para tratar de questões comerciais e de segurança.
A China considera Taiwan uma “parte inalienável” de seu território e, nos últimos anos, intensificou sua campanha de pressão contra o país para conseguir a “reunificação nacional”, fundamental para a meta de longo prazo de Xi de alcançar o “rejuvenescimento” da nação chinesa.
Por mais de sete décadas, os EUA têm estado no centro das disputas entre os dois lados, já que Washington é o principal fornecedor de armas para Taipé e, embora não tenha laços diplomáticos com a ilha, poderia defendê-la no caso de um conflito com Pequim.
EFE
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