*O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou nesta terça-feira (2) os pontos adicionados por Ucrânia e líderes europeus ao plano de paz elaborado pelo governo de Donald Trump. Ele classificou as novas exigências como “totalmente inaceitáveis” e afirmou que a Europa “não quer a paz”. “Se a Europa quiser lutar uma guerra, nós estamos prontos agora”, declarou Putin. O plano original dos EUA tinha 28 pontos considerados favoráveis à Rússia — como a cessão de 20% do território ucraniano, a promessa de que Kiev não entraria na Otan e a redução do Exército da Ucrânia de 900 mil para 600 mil soldados. A revisão europeia propunha, por exemplo, manter 800 mil militares e rejeitava entregar território a Moscou. Putin fez as declarações ao receber o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, que apresentou a versão atualizada do plano. O Kremlin também confirmou a participação de Jared Kushner, genro de Trump, nas conversas. O líder russo disse estar disposto a negociar, mas avisou que, caso a Ucrânia rejeite um acordo, a Rússia avançará e tomará mais território. Na segunda (1º), Putin celebrou a captura de uma “cidade-chave”, algo negado por Kiev. Atualmente, forças russas controlam pouco mais de 19% do território ucraniano e avançaram em 2025 no ritmo mais rápido desde o início da invasão em 2022.
*O papa Leão XIV fez nesta terça-feira (2) um apelo direto aos Estados Unidos para que evitem qualquer tentativa de derrubar Nicolás Maduro por meio de força militar. Para o pontífice, a saída para a crise venezuelana passa pelo diálogo e, se necessário, por pressões econômicas — nunca por intervenção armada. Em meio ao aumento das tensões, o papa reforçou sua posição: a crise venezuelana precisa de “razão, prudência e diálogo”, não de tanques e mísseis. Durante a coletiva de imprensa concedida no retorno de sua viagem à Turquia e ao Líbano, Leão XIV reforçou que Washington deveria priorizar caminhos diplomáticos: “É melhor buscar formas de diálogo, ou talvez de pressão, inclusive econômica“, afirmou, ao ser questionado sobre as ameaças de Donald Trump de retirar Maduro do poder pela força. O papa, primeiro americano a comandar a Igreja Católica, demonstrou preocupação com a escalada militar na região. Para ele, os sinais emitidos pelo governo dos EUA são contraditórios e dificultam a leitura sobre os próximos passos de Washington. “Por um lado, parece que houve uma ligação entre os dois presidentes. Por outro lado, existe o perigo, existe a possibilidade de haver alguma atividade, alguma operação militar“, disse. Leão XIV destacou ainda a instabilidade nas mensagens divulgadas pela Casa Branca: “As vozes que vêm dos Estados Unidos mudam com certa frequência“, afirmou, sinalizando que o cenário pode se alterar rapidamente. O governo Trump acusa Maduro de chefiar o Cartel de los Soles e de manter vínculos com o narcotráfico — acusações negadas pelo líder venezuelano, que colocou suas Forças Armadas em alerta. Os EUA, por sua vez, ampliaram a presença militar no Caribe, enviando navios de guerra e aviões e realizando operações contra embarcações suspeitas de transportar drogas.
*“Não há no mundo um Poder Judiciário tão forte quanto no Brasil.” A afirmação, feita pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (2), serviu como eixo para um discurso em que ele explicou por que, em sua visão, o sistema judicial brasileiro se tornou alvo de ataques organizados nos últimos anos. A fala ocorreu durante o 19º Encontro Nacional do Poder Judiciário. Moraes argumentou que a força institucional do Judiciário — estruturado como carreira de Estado, independente de eleições, de pressões externas e de financiamento privado — transformou o Brasil em um dos principais focos de campanhas de desinformação. Segundo Moraes, grupos econômicos financiam há décadas iniciativas para deslegitimar cortes constitucionais ao redor do mundo, mas esse movimento ganhou intensidade no país justamente pela robustez da magistratura brasileira. O ministro destacou que a tradição de controle de constitucionalidade, exercida desde 1890, consolidou o papel central do Judiciário na preservação de direitos e garantias. Para Moraes, essa atuação provocou a reação de “grupos inimigos”, que enxergariam igualdade e liberdade como privilégios reservados apenas a si próprios, e não como direitos universais. Ele também criticou o ambiente criado nas redes sociais, onde influenciadores digitais passaram a comentar decisões judiciais sem conhecimento técnico, mas com grande impacto sobre a opinião pública. Segundo Moraes, essa dinâmica contribui para a manutenção de um “estado permanente de ataques” às instituições. “Hoje, qualquer influencer é um ‘analista’ de Poder Judiciário. Não sabe nem a composição de um tribunal, mas tem milhões de seguidores”, criticou.
*O deputado federal e novo presidente do PSDB, Aécio Neves, eleito por Minas Gerais, entrou com uma ação na Justiça em nome dos tucanos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT por causa do pronunciamento do chefe do Executivo federal em rede nacional sobre a ampliação da isenção do Imposto de Renda realizado na noite do domingo, 30. “O conteúdo veiculado em cadeia obrigatória de rádio e televisão ultrapassou o caráter institucional e foi utilizado como instrumento de promoção política antecipada, como palanque político. Em nenhum momento Lula falou como chefe de estado ou de governo. Falou como candidato à reeleição. Não foi uma fala institucional, mas uma peça publicitária de pré-campanha”, justificou Neves. Em nota, o presidente do PSDB afirmou que solicitou à Justiça que o governo Lula seja obrigado a ressarcir os cofres públicos pelos gastos relativos à transmissão por desvio de finalidade. “Houve evidente uso da estrutura pública com finalidade política. Foi um programa eleitoral gratuito. (…) Ele não fez só o anúncio do Imposto de Renda, mas falou dos privilégios da elite. Defender a democracia é fácil. Exercer de fato a democracia é uma tarefa muito difícil para o PT quando está governando”, diz o texto.
*O jovem atacado por uma leoa ao invadir sua jaula no Parque Arruda Câmara, em João Pessoa, no último domingo (30), morreu em decorrência de ferimentos na região do pescoço, segundo o Instituto de Polícia Científica (IPC). A necrópsia apontou que a causa da morte foi hemorragia provocada por ferimentos perfurantes e contundentes nos vasos cervicais. O laudo também esclarece que a leoa não se alimentou do corpo em nenhum momento, o ataque ocorreu após o animal apresentar elevado nível de estresse. Um exame toxicológico complementar foi solicitado e deve ficar pronto em até 45 dias. O corpo de Gerson de Melo Machado, de 19 anos, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (1º), no Cemitério do Cristo, em João Pessoa. O velório ocorreu no início da tarde, no próprio cemitério, reunindo familiares e integrantes da assistência social que o acompanharam ao longo dos últimos anos. O sepultamento ocorreu em torno das 15h. Morador do bairro de Mangabeira, na zona sul da capital, Gerson vivia com a avó que, segundo familiares, foi uma das pessoas mais abaladas durante a despedida.

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