Israel acusa Hamas de romper cessar-fogo e ataca sul de Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou neste domingo (19) uma “ação enérgica contra alvos terroristas” em Gaza, nove dias após a entrada em vigor do cessar-fogo, sem esclarecer se isto representa o fim do acordo.
– Após a violação do cessar-fogo por parte do Hamas, o primeiro-ministro Netanyahu realizou uma consulta com o ministro da Defesa e os chefes do sistema de segurança, e ordenou uma ação enérgica contra alvos terroristas na Faixa de Gaza – detalhou seu escritório em um comunicado.
Nesta manhã, ocorreu fogo cruzado entre terroristas e as Forças de Defesa de Israel (FDI) em Rafah, sul do enclave, depois que os primeiros lançaram contra as tropas “um míssil antitanque e disparos” na área, segundo detalhou um comunicado militar, que classificou o incidente como “uma flagrante violação” do acordo de cessar-fogo.
– Em resposta, o Exército começou a bombardear a área para eliminar a ameaça e desmantelar entradas de túneis e estruturas militares utilizadas para atividade terrorista – diz o texto.
Por sua vez, a força Radea, uma unidade da Polícia dependente do Ministério do Interior do Hamas, assegurou ter realizado nesta manhã “uma operação de segurança” em Rafah contra um esconderijo de Yasser Abu Shabab, líder da milícia rival conhecida como “Forças Populares”.
– Não temos conhecimento de nenhum incidente ou confronto [com Israel] – disse o Al-Qassam em um comunicado oficial, assegurando ter perdido o contato com seus homens em Rafah desde que Israel rompeu o cessar-fogo anterior no último mês de março.
– Consequentemente, não temos conexão com nenhum evento que ocorra nessas áreas e não podemos contatar nenhum de nossos combatentes lá, se é que algum ainda está vivo – acrescentou o grupo armado.
Yasser Abu Shabab é conhecido por se apropriar – junto com sua milícia – de caminhões de ajuda humanitária em Rafah. Neste domingo, após a operação da Radea e os bombardeios israelenses em Rafah, Abu Shabab transmitiu um vídeo ao vivo em seu perfil no Facebook para demonstrar que nada havia acontecido com ele.
EFE
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