Postos do Corinthians pertencem a alvos de megaoperação contra o PCC; clube diz que licenciou a marca e acompanha investigações
Três postos oficiais do Corinthians, divulgados pelo próprio clube em seu site, funcionam em endereços que aparecem na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como pertencentes a alvos da Operação Carbono Oculto — deflagrada em agosto e considerada a maior já realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Procurado, o Corinthians afirmou que não administra diretamente os postos e que eles são operados por uma empresa licenciada, responsável por intermediar o contrato com donos de postos para veicularem a marca do time. O clube disse acompanhar as investigações e que poderá adotar medidas jurídicas em relação aos contratos, caso necessário.
O clube não é citado na Operação Carbono Oculto e sublicenciou as unidades até novembro de 2025.
O g1 levantou na base da Receita Federal quais são as empresas registradas nos nomes de alvos da operação. Depois, checou quais delas estão registradas como postos de combustíveis na ANP — responsável pelas autorizações de funcionamento de postos no país.
Ao todo, pelo menos 251 postos de combustíveis estão ligados a 16 alvos da operação, em quatro estados.
Segundo o levantamento, os três postos funcionam como "Posto Corinthians" e estão localizados na Zona Leste de São Paulo. Todos são bandeira branca (não estão ligados a marcas específicas de distribuidoras de combustíveis) e aparecem na base da ANP com outras razões sociais:
Auto Posto Mega Líder Ltda – Avenida Líder, 2000 (Cidade Líder);
Auto Posto Mega Líder 2 Sociedade Unipessoal Ltda – Avenida São Miguel, 6337 (Vila Norma);
Auto Posto Rivelino Ltda – Avenida Padre Estanislau de Campos, 151 (Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega).
O Corinthians divulgou oficialmente a inauguração de unidades do "posto Corinthians" quando foram inauguradas, com reportagens no site institucional do clube nos anos de 2021, 2022 e 2023. Esses são os únicos postos oficiais do clube.
A informação de que os postos pertenciam a Luiz Ernesto Monegatto e Pedro Furtado Gouveia Neto foi revelada pelo portal O Bastidor em maio de 2025, antes da deflagração da Operação Carbono Oculto.
No cruzamento feito pela reportagem, o posto Rivelino, da Avenida Padre Manoel, aparece na Receita Federal associado a Pedro Furtado Gouveia Neto. Já na autorização de funcionamento da ANP, o sócio apontado é Himad Abdallah Mourad.
Neto e Mourad são apontados na investigação contra o PCC como parte do grupo chefiado por Mohamad Hussein Mourad.
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