29/07/2025

NATAL: COVARDE QUE DEFORMOU CARA DA NAMORADA ESTÁ PRESO - QUE A JUSTIÇA FAÇA SUA PARTE

Homem agride namorada com mais de 60 socos

Uma mulher foi agredida com mais de 60 socos por um homem, de 29 anos, durante uma discussão em um elevador na noite do último sábado (26), em um condomínio no bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal. O agressor se declarou como namorado da vítima, e segundo relatos obtidos pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a motivação seria uma suposta traição no relacionamento dos dois. Ele está preso preventivamente e responde pelo crime de tentativa de feminicídio.

Em relato à Polícia Civil, o homem afirmou que foi até a residência da vítima para buscar seus pertences, explicando que descobriu que havia sido traído. Ao chegar no local, ela se recusou a abrir a porta da casa e isso teria irritado o agressor. Já a vítima diz que o motivo foi ciúmes.

Posteriormente, os dois entraram no elevador, e, conforme mostra o vídeo, o casal está discutindo. Quando a porta se fecha, o homem parte para cima da mulher e começa a desferir a sequência de socos. Encurralada, ela cai no chão e o homem continua a agredi-la brutalmente. Ele alegou que teve um surto de claustrofobia e por isso agrediu a companheira. Assim que o elevador chegou ao térreo, os seguranças do prédio o seguraram até a polícia chegar. O suspeito foi preso em flagrante.

Conforme apurado pela TRIBUNA DO NORTE, a vítima foi encaminhada ao Hospital Walfredo Gurgel, onde foram constatadas múltiplas fraturas no rosto e que será necessário fazer uma cirurgia.

O Rio Grande do Norte teve, em 2024, aumento nos registros de feminicídio. Esses são dois dos dados revelados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) por meio do Anuário de Segurança nesta quinta-feira (24). Ano passado, segundo o documento, o RN teve 33 mulheres assassinadas, número 10% acima em relação a 2023. Com relação à violência doméstica, foram 17.920 registros em 2024, uma alta de 7,5% no comparativo com 2023.

No Brasil, as estatísticas de feminicídio bateram, novamente, o recorde da série histórica, iniciada pelo anuário em 2015, com aumento de 0,7% de casos no ano de 2024 em comparação com 2023. No total, 1.492 mulheres foram assassinadas por sua condição de gênero no período.

O perfil das ocorrências mostra que 63,6% das vítimas eram negras; 70,5% tinham entre 18 e 44 anos; oito em cada dez foram mortas por companheiros ou ex-companheiros, e 64,3% dos crimes ocorreram dentro de casa.

Segundo o levantamento, quase a totalidade das vítimas (97%) foi assassinada por homens. O estudo ainda aponta que, dentre os 18 estados que registram essa informação, cerca de 9% dos feminicídios foram seguidos de suicídio do autor. No caso das tentativas de feminicídio, as ocorrências aumentaram em 19%, com 3.870 casos. Outras condutas criminosas contra as mulheres também cresceram em 2024, como stalking (18,2%) e violência psicológica (6,3%).

TN

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