Preta Gil já processou Bolsonaro, mas não zombou de colostomia
Circula nas redes sociais a informação de que a cantora Preta Gil teria zombado da bolsa de colostomia usada por Jair Bolsonaro após o atentado de 2018. A checagem do Estadão Verifica concluiu que essa alegação é falsa.
O site verificou publicações no Google, Instagram e X (antigo Twitter) e não encontrou nenhum registro de que Preta tenha feito comentários sobre a condição de saúde do ex-presidente. Apesar de críticas políticas ao longo dos anos, não há qualquer fala pública sobre a colostomia de Bolsonaro.
O boato começou a circular após a morte de Preta Gil, vítima de um câncer colorretal, doença que também a obrigou a usar uma bolsa de colostomia. A confusão pode ter surgido da associação entre os dois casos.
A cantora chegou a processar Bolsonaro em 2011 por causa de uma fala dele no programa CQC, da Band. Na ocasião, Bolsonaro respondeu à pergunta “o que faria se seu filho namorasse uma mulher negra” dizendo que não discutiria “promiscuidade”.
O inquérito contra ele foi arquivado em 2015 por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF. O procurador-geral Rodrigo Janot afirmou, na época, que a emissora não entregou a íntegra da entrevista e que, segundo a defesa, Bolsonaro entendeu a pergunta como sendo sobre orientação sexual, e não racial.
Segundo Janot, não havia elementos para comprovar que a resposta estava ligada à questão racial. Por isso, a investigação foi encerrada.
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