Resumo
*O senador e presidente nacional do partido Progressistas Ciro Nogueira fez críticas e ironizou a fala do presidente Lula sobre responsabilizar o próprio povo pelo controle de preços. Em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, nesta quinta-feira (6), o petista afirmou que, se os brasileiros deixarem de adquirir os alimentos caros, os supermercados vão diminuir os preços. “Tenho dito que uma das pessoas mais importantes para a gente controlar os preços é o próprio povo. Se você vai num mercado aí em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar. Isso é da sabedoria do ser humano. Esse é um processo educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro”, afirmou o petista. Ciro Nogueira ironizou a fala de Lula: “Se o arroz está caro, é só não comer. Se o gás está caro, é só não cozinhar. Se a gasolina está cara, é só ficar em casa.” E ainda fez críticas à falta de ações do Governo: “Nada de cortar gastos nos ministérios, colocar gente competente nas estatais ou gerir melhor a economia. Para o governo, basta que os brasileiros parem de comer, beber e se deslocar que os preços caem.”
*Após os Estados Unidos, Israel informou nesta quinta-feira (6) o Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU que se retirará do órgão. O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, citou “viés institucional” do conselho contra o país. “A decisão foi tomada à luz do preconceito institucional contínuo e implacável contra Israel no Conselho de Direitos Humanos, que tem sido persistente desde a sua criação em 2006”, pontuou o chanceler em uma carta ao presidente do conselho, Jorg Lauber, que ele postou no X. Trump assinou um decreto na terça-feira (4) para que a participação dos EUA no órgão fosse interrompida. Ele também manteve a suspensão do financiamento para a agência da ONU de assistência aos palestinos (UNRWA). Relator especial da ONU critica saída de Israel - O Relator Especial das Nações Unidas para os Territórios Palestinos Ocupados disse que a decisão de Israel de se retirar do Conselho de Direitos Humanos da ONU é “extremamente séria”. “Isso mostra a arrogância e a falta de percepção do que eles [Israel] fizeram. Eles insistem na autojustiça, que não têm nada pelo que serem responsabilizados, e estão provando isso para toda a comunidade internacional”, afirmou Francesca Albanese à Reuters. Albanese destacou que teme que o que chamou de “genocídio de Israel contra os palestinos” se expanda e se intensifique na Cisjordânia. Israel nega acusações de que está cometendo genocídio e diz que está protegendo seus legítimos interesses de segurança tanto na Cisjordânia quanto em Gaza. “O norte [da Cisjordânia] está sendo atacado principalmente por soldados. O sul foi atacado principalmente por colonos [israelenses], e você pode ver isso como um ataque ao povo palestino como um todo”, ressaltou Albanese. Comentando sobre a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, Albanese pontuou que o republicano “está destruindo os princípios básicos de respeito aos direitos humanos em um espectro enorme, não apenas na Palestina… Nós nos movemos ainda mais em direção ao abismo”. “Estou surpresa que os Estados europeus estejam se mantendo em silêncio em vez de se levantarem e dizerem: ‘Isso é um absurdo total, e não toleraremos isso’”, acrescentou.
*O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ironizou, nesta quinta-feira (6), nas redes sociais, a perda de R$ 14 bilhões da Previ. O parlamentar utilizou a “Guerra dos Bonés” para mandar o recado. No X (antigo Twitter), o senador publicou a imagem de um boné azul com os dizeres: “o rombo de 14 bilhões da Previ é dos brasileiros”. No último sábado (1º), ministros e parlamentares da base do governo foram ao Congresso Nacional para a eleição da Câmara e do Senado, com o acessório na cor azul, no qual estava escrito: “o Brasil é dos brasileiros”. “A tara do PT em roubar o futuro de pensionistas, pensionistos e pensionistes não tem limites! Amigues, deixem os fundos de pensão em paz!”, escreveu Flávio Bolsonaro na legenda. Nesta quarta-feira (5), o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a abertura de uma auditoria, em caráter de urgência, sobre a gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). De acordo com o ministro Walton Alencar Rodrigues, ao fazer o pedido, relatou “gravíssimas preocupações”. Alencar Rodrigues afirmou ainda que, entre os meses de janeiro e novembro de 2024, o “Plano 1” da Previ “acumulou prejuízo” de aproximadamente R$ 14 bilhões. A CNN tenta contato com Flávio Bolsonaro para se manifestar sobre o assunto.
*Um homem de 33 anos foi preso em flagrante, na manhã desta quinta-feira (6), suspeito da prática dos crimes de favorecimento real, ocultação de documento particular e associação criminosa. A prisão ocorreu em um apartamento de luxo no bairro do Tirol, na zona Leste de Natal. A ação foi conduzida por policiais civis da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações. As investigações apontam que o suspeito passou a residir no imóvel pertencente a um dos investigados presos na primeira fase da “Operação Oeste Estourado”, deflagrada no município de São Miguel do Oeste, interior do RN. No local, ele recebia remessas de cartões clonados e ocultava um veículo BMW Z4, que teria sido adquirido com valores transferidos à sua empresa. O montante, superior a R$200.000,00, é oriundo de fraudes eletrônicas investigadas no inquérito. O esquema criminoso envolvia o uso de cartões de crédito clonados para simular compras em maquinetas de cartão que estavam em posse dos suspeitos. Os valores eram então transferidos para contas dos suspeitos e, posteriormente, os investigados contestavam as transações junto à operadora do cartão, resultando em prejuízo para a instituição financeira vítima. Durante as diligências, foram apreendidas maquinetas de cartão, 37 cartões cadastrados em nome de terceiros e o veículo BMW Z4, utilizado no crime de favorecimento real. A ação deflagrada nesta quinta faz parte da 2ª fase da “Operação Oeste Estourado”. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e reforça a importância da colaboração da população. Informações podem ser repassadas, de forma anônima e sigilosa, por meio do Disque Denúncia 181.
*O Google anunciou o fim de suas metas formais de contratação para grupos sub-representados, marcando uma mudança significativa em sua abordagem de diversidade, equidade e inclusão (DEI). A decisão alinha a empresa a outras gigantes da tecnologia que estão reavaliando suas estratégias nesse campo. A empresa comunicou por e-mail que não estabelecerá novos objetivos para ampliar a diversidade entre seus funcionários, refletindo um movimento crescente no setor corporativo. Em 2020, no contexto dos protestos por "justiça racial" após a morte de George Floyd, o Google havia estabelecido a meta de aumentar em 30% a presença de grupos sub-representados em cargos de liderança até 2025. No entanto, o mais recente relatório da Alphabet, controladora do Google, omitiu qualquer declaração explícita de compromisso com a DEI, algo que estava presente de 2021 a 2024. O relatório de diversidade de 2024 da empresa indicou que 5,7% de seus funcionários nos Estados Unidos são negros e 7,5% são latinos, um aumento em relação aos 3,7% e 5,9% registrados há quatro anos. Ainda assim, a companhia está reconsiderando se continuará divulgando relatórios anuais sobre diversidade, prática mantida desde 2014. Além disso, o Google está revisando seus programas de DEI, incluindo subsídios e treinamentos, especialmente aqueles considerados menos impactantes ou juridicamente arriscados. Essa reavaliação está sendo influenciada por decisões judiciais recentes e ordens executivas da administração Trump, que impuseram restrições a programas de diversidade tanto no governo quanto entre empresas contratadas pelo setor público. O movimento do Google ocorre em um momento de revisão generalizada de políticas de diversidade no setor de tecnologia. Em janeiro, a Meta, controladora do Facebook, desfez sua equipe de diversidade e eliminou metas voltadas à contratação de mulheres e minorias. Segundo Janelle Gale, vice-presidente de Recursos Humanos da empresa, a mudança foi influenciada pelo cenário político e legal dos Estados Unidos.
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