03/12/2025

AGORA VAI

Tebet passa a ser cogitada ao STF diante de resistência a Messias

Com a resistência do Senado ao nome de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a considerar alternativas para a vaga aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Entre os cotados, ganha destaque a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), cujo nome voltou a circular com força nos bastidores do governo. As informações são do portal Claudio Dantas.

Tebet é formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é especializada em Ciência do Direito e possui mestrado em Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ela chegou a trabalhar como professora universitária em Mato Grosso do Sul antes de ingressar na política.

Entre o quadro de ministros do governo Lula, Simone é a que possui a melhor avaliação, conforme dados da Atlasintel. São 62% os que consideram “ótima/boa” a sua administração à frente da pasta do Planejamento e Orçamento.

Tebet também é cotada ao Senado por São Paulo em 2026, mas essa possibilidade ainda está sendo estudada, a depender de quem será o nome da esquerda que concorrerá ao governo estadual e se o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) de fato disputará a Presidência.

Estima-se que o advogado-geral da União, Jorge Messias, possua entre 20 e 30 votos garantidos em sua sabatina no Senado, o que impossibilitaria a aprovação de seu nome como ministro do STF. São necessários ao menos 41 votos favoráveis.

O presidente Lula se pronunciou sobre o impasse nesta quarta-feira (3), afirmando não entender “o porquê da polêmica”.

– Sinceramente, eu não entendo o porquê da polêmica, não é o primeiro ministro que eu indico. Eu não sei porque foi transformado num problema político dessa monta, eu espero que seja resolvido – assinalou.

A escolha de Lula gerou um mal-estar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que se queixa de não ter sido avisado previamente sobre a indicação. Alcolumbre defendia com veemência que o seu aliado e ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fosse o escolhido.

O nome de Tebet é considerado mais aceitável para Alcolumbre e atenderia às pressões feitas ao petista para indicar uma mulher para a Suprema Corte, permitindo a Lula continuar explorando a bandeira da representatividade feminina em postos de autoridade.

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