Treinador do ABC, Argel Fuchs, fala sobre os planos com o time
Argel Fuchs tem contrato até dezembro de 2023 e uma missão quase impossível: Livrar o ABC do rebaixamento da Série 'B' para a Série 'C' do Campeonato Brasileiro. Em entrevista ele fala como trabalha e o que vai exigir no clube.
Como se deu essa vinda para o ABC, que ocorreu de forma tão repentina?
Quero agradecer ao Marcelo Segurado, com quem trabalhei no Ceará, a gente se conhece há muito tempo. Bem como ao presidente Bira Marques por se tratar de um nome de muita credibilidade dentro do futebol. Nosso pensamento é vencer. Quando recebi o convite fiquei muito feliz em poder iniciar um trabalho novo frente a um desafio que gosto de enfrentar. Tudo na vida tem um propósito e se hoje estou neste clube, é para buscar uma recuperação. O ABC tem uma equipe forte, uma torcida apaixonada e nosso primeiro trabalho será pensar jogo a jogo no Campeonato Brasileiro. Conheço uma parte dos atletas e acho o grupo bom. A matemática da Série B hoje é muito cruel com o ABC, dá mais de 99% de risco de queda para o clube.
Ciente disso, como será o trabalho para virar esse tipo de situação?
Como disse, eu gosto desse tipo de desafio. Já passei por uma situação bem semelhante na Série A com o Figueirense, outro que estava virtualmente rebaixado em 2014 e acabou se salvando com quatro rodadas de antecedência. Isso já ocorreu também com o Criciúma, o Botafogo de Ribeirão Preto, no Paulistão. Então, como já conseguimos realizar esse tipo de salvamento, acreditamos que podemos repetir aqui no ABC. Se eu não acreditasse, nem teria vindo. São 18 anos como jogador profissional e outros 16 como técnico, então pelas pessoas que vejo aqui, vim para realizar o trabalho e aceitar esse desafio.
Tem como ver qualidade num trabalho de um clube que não consegue vitórias seguidas?
Se estivéssemos em outra situação as pessoas iriam ver o copo pela metade de água como mais cheio que vazio. Vamos montar uma estratégia, trabalhar a equipe, juntar o que temos de melhor no momento e ir buscar os nossos resultados.
Como você pretende aproveitar esse grupo, vai começar o trabalho do zero?
Não, pretendo aproveitar coisas boas que o Allan Aal deixou. Tem muita coisa positiva aqui dentro. Não vamos pegar a equipe do zero. A Série B é uma competição muito difícil, todos os times estão tendo dificuldade de jogar na condição de mandante, até quem está brigando na parte de cima da tabela. Essa é uma competição muito traiçoeira, quem perde três jogos cai para as últimas colocações, mas quem ganha dá um salto importante na tabela. Nós estivemos bem nos últimos dois jogos, a equipe merecia ter vencido o Botafogo-SP e o Sampaio Corrêa. Nossa meta é passar tranquilidade a esses atletas, buscar deixar o ambiente mais leve para que os atletas possam desenvolver o futebol que se espera deles. Eu gosto de times competitivos e assim será o ABC, pois onde existe um por cento de chance, tem também 99 por cento de esperança. Nós já vimos e presenciamos acontecerem coisas de outro mundo dentro do futebol.
TN
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