Família de congolês morto no Rio decide recusar quiosque
A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado até à morte na Barra da Tijuca, na zona oeste, no dia 24 de janeiro, disse que já sofreu ameaças e não se sente segura para assumir o gerenciamento dos quiosques Biruta e Tropicália oferecidos à família pela Prefeitura. A ideia era criar ali um memorial em homenagem ao jovem morto e, ao mesmo tempo, oferecer uma oportunidade de trabalho à família.
– Se ele [o prefeito Eduardo Paes] quiser fazer ali um memorial para Moïse, ele pode fazer, mas nós não vamos ficar com esses quiosques (…) Nós não somos bem vindos ali – afirmou Gabie Nzazi, primo de Moïse.
O advogado Álvaro Quintão, da Comissão de Direitos Humanos da OAB, que está acompanhando a família, confirmou a decisão.
– A família se reuniu ontem e, analisando a proposta com calma, percebeu que não teria nenhuma segurança – afirmou.
E continuou.
– Ainda existe uma discussão muito grande sobre quem seriam os donos dos quiosques. A polícia ainda não conseguiu identificar todas as pessoas que aparecem nas imagens [do linchamento], que atuam e trabalham nos quiosques. Ou seja, por motivo de total insegurança e medo a família decidiu não aceitar a proposta – explicou.
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