25/02/2022

QUAIS AS SANÇÕES ANUNCIADAS ATÉ AQUI SOBRE GUERRA NA UCRÂNIA

Guerra na Ucrânia: quais são as sanções anunciadas até aqui

A invasão da Ucrânia iniciada na quinta-feira (24) pelo presidente russo Vladimir Putin provocou uma onda de sanções internacionais contra Moscou, especialmente por parte dos países ocidentais.

Lideradas pelo governo dos EUA e pela União Europeia, as sanções têm objetivo de isolar a Rússia do mercado global, controlar de forma rigorosa a exportação e impactar diretamente o acesso do país à tecnologia de ponta.

As medidas adotadas não incluem nenhuma ação militar até o momento. Em pronunciamento na última quarta, o presidente americano Joe Biden fez questão de reforçar que suas tropas não irão entrar em combate na Ucrânia.

Veja os principais pontos abaixo.

Veto à exportações

Os Estados Unidos limitaram as exportações para a Rússia de produtos tecnologia destinados aos setores de defesa e aeronáutica. A Casa Branca declarou querer "sufocar a importação russa de bens tecnológicos críticos". Ou seja, deve negar as exportações de tecnologia sensível ao país. Em especial, de produtos dos setores de defesa, aviação e marítimo.

Após a reunião de cúpula de seus líderes, a União Europeia (UE) também anunciou um endurecimento das sanções contra a Rússia. De acordo com a agência AFP, as medidas incluem o veto à exportação de tecnologia, peças e serviços de aeronáutica e aeroespaciais, assim como de equipamentos para reforma de refinarias de petróleo.

O Japão também anunciou medidas "sobre as exportações para organizações russas vinculadas ao exército" e sobre "bens de uso geral como os semicondutores". Canadá e Austrália tomaram medidas semelhantes, cancelando a permissão de exportação para a Rússia de produtos aeroespaciais, militares e de tecnologia da informação.

O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, país fundamental para a cadeia global de fornecimento de semicondutores, também afirmou que vai agir de forma coordenada com os EUA e parceiros em medidas contra a invasão da Ucrânia. O órgão ainda não especificou quais serão as sanções ao governo russo.

Isolamento do setor financeiro

O presidente dos norte-americano Joe Biden anunciou uma série de novas sanções contra bancos, representantes da elite e estabelecimentos comerciais russos. Quatro bancos adicionais, incluindo os dois maiores do país (Sberbank e VTB Bank), serão sancionados e mais da metade das importações de tecnologia da Rússia serão proibidas.

A Casa Branca já havia cortado a conexão do sistema financeiro dos EUA com a maior instituição financeira da Rússia, o Sberbank, incluindo 25 subsidiárias, impondo sanções de contas correspondentes e a pagar.

O plano do governo dos EUA é restringir o acesso às transações feitas em dólar do banco, que detém quase um terço dos ativos gerais do setor bancário do país.

O Reino Unido também impôs uma série de sanções contra o setor bancário russo. Além dos cinco bancos já afetados por sanções anunciadas na terça-feira (22), o gigante VTB entrou na mira e teve os ativos congelados em território britânico. As novas medidas "permitirão excluir por completo os bancos russos do setor financeiro britânico", disse o primeiro-ministro Boris Johnson.

As medidas também impedirão que empresas públicas e privadas obtenham fundos no Reino Unido e limitarão a quantidade de dinheiro que os russos podem ter em suas contas bancárias britânicas. No total, 100 novas entidades estão no alvo das autoridades do Reino Unido.

Setor de energia

Os EUA e a UE também deve endurecer as sanções contra a Rússia no setor de energia. O grupo de energia Gazprom e outras grandes empresas do país não poderão obter financiamento nos mercados de crédito do Ocidente, uma medida que já era aplicada contra o governo russo.

Restrições a indivíduos

Além disso, as sanções afetam indivíduos nos círculos de poder, com o congelamento de ativos ou proibição de entrada no território da UE, que são adicionadas às aplicadas na quarta-feira contra personalidades próximas a Putin.

Belarus, acusada de envolvimento na invasão, será objeto de medidas adicionais. Além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra 24 pessoas e organizações bielorrussas.

A Suíça decidiu não se alinhar com as sanções ocidentais à Rússia, mas atuará para evitar que o país seja usado por Moscou para 'driblar' as medidas punitivas que afetam o governo russo, declarou seu presidente Ignazio Cassis.

G1

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