Cunha insinua que procurador-geral protege Renan Calheiros
Um dos principais alvos da Operação Lava Jato, o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou nesta terça-feira (29) a
insinuar haver uma blindagem ao presidente do Senado, o também
peemedebista Renan Calheiros (AL).
Rompido dentro do partido com Renan e um dos mais ferozes críticos do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após ter virado alvo de
investigação, Cunha afirmou em entrevista coletiva que os investigadores
obtiveram conversas do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, com Renan,
mas que não houve nenhuma divulgação.
Conversas do celular de Leo Pinheiro com Cunha foram apontadas por Janot no pedido de afastamento do presidente da Câmara como suspeitas de negociações de propina. Esse também foi um dos fundamentos para a busca e apreensão feita pela Polícia Federal no último dia 15 nos endereços de Cunha.
“Na ação cautelar minha que motivou a busca e apreensão tem um
relatório das ligações do Leo Pinheiro com 632 páginas (…). Dessas 632
páginas, tem 60 páginas que tratam do presidente do Senado e ninguém
publicou uma linha. Então é preciso olhar com cautela que está se
selecionando sobre quem divulgar”, disse Cunha.
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