O cabra pra ser político no Brasil, precisa de, no mínimo, dos seguintes adjuntoros:
Primeiro, começar a juntar dinheiro, pra depois começar a juntar
gente; Engolir muita rimunheta de cabra falso, felaputista e
pidão;
Desatar nó cego de convenção, escutar caquiado dificultoso de
partidário que só tem um voto e olhe lá;
Entrar em ambulância de
campanha;
Prometer como sem falta e faltar como sem dúvida;
Ficar refém
da língua do povo;
pegar roleta de boca com camumbembe;
Fazer conchavo
com reservista da ditadura;
Levar fama de ter disfabricado moça donzela;
Levar fama de ser corno, baitola e ladrão;
Aguentar fazimento de pouco de
eleitor desbriado;
Botar tamanca pra opositor bom de peia;
Bater
quinhentos bibombos com um xangozeiro;
Gritar aleluia em igreja pegue e
pague;
Alegrar sessão espírita;
Assistir meia missa e sair
comungado;
Batizar menino feio com nome de Deslleelisonjerri;
Dar de comer
do bom e comer porcaria;
Almoçar em lata de goiabada;
Dispronunciar
discurso malfeito de candidato tabacudo;
Aplaudir discurso disvirgulado,
sem rumo e sem ponto final;
Aturar converseiro duplicado, mesmo depois de
banzeiro;
Aturar gente furona e desconhecida dentro de casa;
Viver rindo e
fumaçando pelo fundo feito ferro de engomar;
Acabar sua devintizinha na
buraqueira;
Aturar babões civis e militares;
Botar no braço menino novo do
fundo cagado;
Tomar cerveja quente de espuma murcha;
Tomar Whisky Drurys,
sem gelo, numa xícara de louça com tira-gosto de cangica;
Beber naquelas
mesonas de imbuia, numa saleta escura e abafada;
Encostado numa
cristaleira e cercado de cabos eleitorais com cada sovaqueira de
torar;
Entregar taça de campeão a time safado;
Chorar em velório de
desconhecido;
Professorar as iniciais de nome de campanha pra eleitor
tapado;
Escorregar em lama de esgoto;
Gritar ‘ô de casa’ em casa ôca;
Se
abrir pra eleitor desabrido;
Pagar cana pra pingunço desocupado;
Farejar
poeira de bunda em palanque;
Levar dedada no ‘cá pra nós’ quando tá nos
braços do povo;
Escutar destampatório de foguetão no pé do ouvido;
Magoar o
dedo mindinho em passeata;
Dormir enchiqueirado da mulher e dos
filhos;
Apertar a mão de cotó;
Ganhar abraço fedorento;
Receitar caixão de
defunto em ambulância;
Enfiar a mão em saco de dentadura pra distribuir
com a mundiça;
Comprar voto em dia de eleição;
Estelionatar voto em boca
de urna;
Apertar a mão de traidor oportunista;
E depois de eleito começar
essa camumbemagem todinha de novo, Deus o livre deu sair candidato!
4 comentários:
Atribua a autoria a quem é de direito, senão fica parecendo que foi o blogueiro que escreveu essa obra. No caso o autor é Jessier Quirino.
Peça um óculos emprestado a Peixoto para ver direito o que você vai ler. O que você está me cobrando está escrito em letras garrafais e só você não percebe. Vade retro...
caro amigo joão tudo que já saio ate agora esta e a pura verdade kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk valeu joão
Aguentar cuspida e bafo de bêbado;
Rir de piada sem graça;
...
E se deixar de fazer alguma dessas coisas, o eleitor vota no adversário.
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