25/07/2012

GRANDE JESSIER QUIRINO

O cabra pra ser político no Brasil, precisa de, no mínimo, dos seguintes adjuntoros:

Primeiro, começar a juntar dinheiro, pra depois começar a juntar gente; Engolir muita rimunheta de cabra falso, felaputista e pidão; 
Desatar nó cego de convenção, escutar caquiado dificultoso de partidário que só tem um voto e olhe lá; 
Entrar em ambulância de campanha; 
Prometer como sem falta e faltar como sem dúvida; 
Ficar refém da língua do povo; 
pegar roleta de boca com camumbembe; 
Fazer conchavo com reservista da ditadura; 
Levar fama de ter disfabricado moça donzela; 
Levar fama de ser corno, baitola e ladrão; 
Aguentar fazimento de pouco de eleitor desbriado; 
Botar tamanca pra opositor bom de peia; 
Bater quinhentos bibombos com um xangozeiro; 
Gritar aleluia em igreja pegue e pague; 
Alegrar sessão espírita; 
Assistir meia missa e sair comungado; 
Batizar menino feio com nome de Deslleelisonjerri;
Dar de comer do bom e comer porcaria; 
Almoçar em lata de goiabada; 
Dispronunciar discurso malfeito de candidato tabacudo; 
Aplaudir discurso disvirgulado, sem rumo e sem ponto final; 
Aturar converseiro duplicado, mesmo depois de banzeiro; 
Aturar gente furona e desconhecida dentro de casa; 
Viver rindo e fumaçando pelo fundo feito ferro de engomar; 
Acabar sua devintizinha na buraqueira; 
Aturar babões civis e militares; 
Botar no braço menino novo do fundo cagado; 
Tomar cerveja quente de espuma murcha; 
Tomar Whisky Drurys, sem gelo, numa xícara de louça com tira-gosto de cangica; 
Beber naquelas mesonas de imbuia, numa saleta escura e abafada; 
Encostado numa cristaleira e cercado de cabos eleitorais com cada sovaqueira de torar; 
Entregar taça de campeão a time safado; 
Chorar em velório de desconhecido; 
Professorar as iniciais de nome de campanha pra eleitor tapado; 
Escorregar em lama de esgoto; 
Gritar ‘ô de casa’ em casa ôca; 
Se abrir pra eleitor desabrido; 
Pagar cana pra pingunço desocupado; 
Farejar poeira de bunda em palanque; 
Levar dedada no ‘cá pra nós’ quando tá nos braços do povo; 
Escutar destampatório de foguetão no pé do ouvido; 
Magoar o dedo mindinho em passeata; 
Dormir enchiqueirado da mulher e dos filhos; 
Apertar a mão de cotó; 
Ganhar abraço fedorento; 
Receitar caixão de defunto em ambulância; 
Enfiar a mão em saco de dentadura pra distribuir com a mundiça; 
Comprar voto em dia de eleição; 
Estelionatar voto em boca de urna; 
Apertar a mão de traidor oportunista; 
E depois de eleito começar essa camumbemagem todinha de novo, Deus o livre deu sair candidato!

4 comentários:

Anônimo disse...

Atribua a autoria a quem é de direito, senão fica parecendo que foi o blogueiro que escreveu essa obra. No caso o autor é Jessier Quirino.

João André disse...

Peça um óculos emprestado a Peixoto para ver direito o que você vai ler. O que você está me cobrando está escrito em letras garrafais e só você não percebe. Vade retro...

Anônimo disse...

caro amigo joão tudo que já saio ate agora esta e a pura verdade kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk valeu joão

Tiririca disse...

Aguentar cuspida e bafo de bêbado;
Rir de piada sem graça;
...
E se deixar de fazer alguma dessas coisas, o eleitor vota no adversário.