Morte de opositor: EUA falam em “natureza vil” do regime Maduro
O governo dos Estados Unidos denunciou neste domingo (7) a “natureza vil do regime criminoso” de Nicolás Maduro na Venezuela após a morte do ex-governador Alfredo Díaz, considerado um preso político pela oposição, e deplorou também as condições de sua detenção.
– A morte do preso político venezuelano Alfredo Díaz, detido arbitrariamente no centro de tortura de Maduro em El Helicoide, é mais um lembrete da natureza vil do regime criminoso de Maduro – disse na rede social X o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental.
A reação dos EUA ocorre em um momento de máxima tensão diante de uma possível ação de Washington contra a Venezuela após sua mobilização militar perto do país, no mar do Caribe, sob o argumento de combater o narcotráfico. O Ministério para o Serviço Penitenciário da Venezuela informou que o ex-governador do estado de Nova Esparta morreu devido a um infarto.
No entanto, os líderes opositores María Corina Machado e Edmundo González Urrutia advertiram que a morte de Díaz revela um “padrão sustentado de repressão estatal” e denunciaram que já são sete os presos políticos que morreram na prisão após as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.
Machado e González Urrutia frisaram que sua integridade e sua vida eram “responsabilidade exclusiva de quem o mantinha arbitrariamente sequestrado” em El Helicoide, como é conhecida a sede em Caracas do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), e descartaram que sua morte seja “comum”.
Díaz, ativista do partido opositor Ação Democrática e também ex-vereador e ex-prefeito, foi detido em novembro de 2024, em um contexto de crise política após as eleições presidenciais daquele ano, nas quais a maior coalizão opositora denunciou como fraudulento o resultado que deu a reeleição a Maduro.
O político falecido questionou a falta de publicação dos resultados detalhados das eleições presidenciais e denunciou, dias antes de sua detenção, a crise elétrica que o estado de Nova Esparta viveu em novembro, que o governo atribuiu a ataques da oposição.
EFE

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