04/12/2025

MULHER DE TOFFOLI QUE JÁ DEFENDEU A JBS E AGORA DEFENDIA O BANCO MASTER ENCERRA PARCERIA COM BANCA

A sociedade encerrada entre Roberta Rangel, mulher de Toffoli, e Walfrido Warde, advogado do Banco Master

Roberta Maria Rangel, esposa do ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF), participou como sócia do escritório Warde Advogados em 2021, conforme registros do Cadastro Nacional de Sociedade de Advogados (CNSA) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A banca jurídica, comandada por Walfrido Warde, atualmente representa Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, em processo que tramita no Supremo.

O escritório contava com cerca de 24 sócios quando Rangel fazia parte do quadro societário. Atualmente, o nome da advogada não aparece mais na relação disponível no site oficial da banca. Antes dessa associação, ela atuou na defesa jurídica da empresa J&F, controladora do grupo JBS.

A composição atual do Warde Advogados inclui o ex-ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, e o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, ambos como sócios da banca.

Na defesa de Vorcaro, além de Walfrido Warde, trabalham os advogados Ciro Rocha Soares, Pierpaolo Cruz Bottini, Sérgio Leonardo, Roberto Podval, Daniel Romeiro e Stephanie P. G. Barani. A equipe apresentou uma reclamação ao STF questionando a competência da Justiça Federal de Brasília para conduzir as investigações contra o banqueiro.

Entre os defensores do proprietário do Banco Master, Pierpaolo Bottini tem em seu histórico a defesa da desembargadora Solange Salgado em um caso envolvendo acusações de fraude. Esta mesma magistrada determinou a libertação de Vorcaro na semana anterior ao protocolo da ação no Supremo.

Na quinta-feira (27), a equipe jurídica de Vorcaro protocolou uma reclamação no STF. Os advogados argumentam que a Justiça Federal de Brasília não possui competência para conduzir as investigações relacionadas ao caso. Eles solicitaram a transferência do processo para o Supremo, justificando o pedido com base na apreensão de um contrato imobiliário que menciona o deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA).

O ministro Toffoli, ao receber o processo, determinou sigilo máximo para a ação apresentada pela defesa de Vorcaro. A medida impede o acesso público até mesmo a informações básicas no sistema do STF, como iniciais do autor, nomes completos dos advogados ou qualquer movimentação processual.

O processo, que já tramitava sob segredo de Justiça, passou a ter restrições mais severas após a divulgação pública da atuação da defesa. De acordo com o STF, a resolução interna da Corte estabelece que cabe ao ministro relator definir e modificar o grau de sigilo processual quando necessário.

Com o nível máximo de sigilo imposto por Toffoli, apenas os advogados diretamente envolvidos no caso, o Ministério Público quando oficialmente notificado e servidores do gabinete do ministro têm permissão para acessar o andamento processual e suas movimentações.

jornaldacidadeonline

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