21/11/2025

RESUMO DE NOTÍCIAS

 


*O banqueiro Daniel Vorcaro ofereceu, organizou e pagou um jantar para ministros do STF em novembro de 2022, em Nova Iorque. O encontro ocorreu no restaurante Fasano New York, durante a “Brazil Conference”, evento promovido pelo LIDE. Participaram do jantar os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso. Vorcaro aproveitou a ocasião para circular entre empresários e autoridades e mostrar sua rede de relacionamento. O cardápio, revelado à época pelo site Metrópoles, incluiu cinco canapés por cerca de R$ 350 por pessoa, quatro pratos avaliados em cerca de R$ 750 e bebidas liberadas, como o espumante italiano Ferrari, de R$ 350, em valores de 2022. Três anos depois, Vorcaro foi preso pela Polícia Federal por suspeita de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. O banqueiro já havia sido citado em investigações ligadas ao antigo Banco Máxima, cujo processo tornou dois ex-gestores réus em 2021. O Banco Master justificou a recepção dizendo que esse tipo de evento é comum em fóruns empresariais e afirmou ter dividido a organização com o LIDE. No entanto, a lista oficial de patrocinadores não mencionava o banco. Os ministros não se manifestaram sobre a participação no jantar.


*O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que deve conversar em breve com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, mas ressaltou não poder entrar em detalhes sobre o que será dito. O chefe da Casa Branca sinalizou, porém, ter algo “muito específico” a dizer ao chavista. – Falarei com ele em um futuro não muito distante. Não posso dizer o que vou dizer a ele, mas tenho algo muito específico a dizer – declarou ele, em entrevista à Fox News, nesta sexta-feira (21). Embora se recuse a dar detalhes, o republicano garantiu que os EUA “estarão muito envolvidos” nas questões referentes à Venezuela. Nos últimos meses, os dois países vêm vivendo um contexto de tensão diplomática e militar. O presidente Donald Trump deflagrou uma operação contra o narcotráfico e vem abatendo embarcações que estariam ligadas à prática criminosa. O republicano acusa Maduro de liderar o cartel de Los Soles e não descarta uma operação militar em terra. Maduro, por sua vez, vem pedindo por “paz”, tendo chegado a cantar a música pacifista Imagine, de John Lennon, em comício com bolivarianos no último dia 16. Ele afirma querer conversar “cara a cara” com o chefe da Casa Branca. – Somente através da diplomacia devem ser entendidos os países livres e os governos, e somente através do diálogo devem ser buscados pontos comuns em temas de interesse mútuo. O diálogo é o caminho para buscar a verdade e a paz – assinalou. O discurso pacifista contraria o posicionamento adotado pelo chavista durante as eleições na Venezuela no último ano. À época, Maduro chegou a sugerir que o país viveria um “banho de sangue” se a direita vencesse o pleito, acusado dentro e fora do país de ter sido fraudado em seu favor.


*O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), após o parlamentar condenado por suposto golpe de Estado ter deixado o Brasil e ido para os Estados Unidos. A decisão do magistrado está em segredo de Justiça, mas foi revelada por meio de apuração da CNN Brasil. Segundo o veículo de imprensa, a medida foi determinada por Moraes na última quarta-feira (19), após um relatório da Polícia Federal (PF) apontar indícios concretos de que Ramagem teria escapado para o país norte-americano a fim de evitar o cumprimento da pena de 16 anos de prisão a que foi condenado. Segundo as investigações, a fuga aconteceu em setembro deste ano. Desde então, ele não vinha comparecendo à Câmara dos Deputados sob o amparo de atestado médico. Ainda assim, o congressista participava de votações. Para viajar aos EUA, Ramagem teria ido até uma cidade no norte do país e seguido para uma nação vizinha ao Brasil. De lá, teria pegado um voo diretamente para o país governado por Donald Trump. Atualmente, o congressista se encontra em Miami. Apesar do mandado de prisão em aberto, é necessário que a PF cumpra trâmites junto à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), a fim de inserir o nome do parlamentar na lista vermelha da entidade, tornando-o oficialmente um procurado internacional.


*Parlamentares do PSOL pediram nesta quinta-feira (20), em Brasília, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decrete medidas cautelares, inclusive prisão preventiva, contra Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier. Eles afirmam que há risco concreto de fuga dos investigados. A petição é assinada por Ivan Valente, Talíria Petrone, Célia Xakriabá, Erika Hilton, Chico Alencar, Fernanda Melchionna, Glauber Braga, Henrique Vieira, Luciene Cavalcante, Luiza Erundina, Sâmia Bomfim, Tarcísio Motta e outros deputados do partido de extrema-esquerda. No texto enviado ao STF, os parlamentares dizem que viagens recentes ao exterior, longas estadias fora do Brasil e falta de comprovação da entrega de passaportes mostram possibilidade real de evasão. Para eles, esses elementos representam ameaça à aplicação da lei penal. A sigla lembra que os quatro já foram condenados pelo STF pelos atos de 8 de janeiro e aguardam apenas o trânsito em julgado. Segundo os deputados, esse momento aumenta o risco de tentativa de escapar das penas. Os autores também apontam que os ex-ministros possuem influência política e militar, além de redes de apoio que poderiam dificultar ações estatais e favorecer eventuais fugas. A petição cita ainda outros episódios usados como comparação: a suposta permanência de Alexandre Ramagem nos Estados Unidos e a saída do país por Carla Zambelli em momentos sensíveis das investigações. Para o PSOL, esses casos mostram um padrão de deixar o território nacional em fases críticas. Entre os pedidos, o partido solicita prisão preventiva ou outra medida que restrinja a liberdade dos quatro. Também pede retenção de passaportes, fiscalização de medidas alternativas e cooperação internacional para localizar investigados que estejam fora do país.


*O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu nesta sexta-feira (21) um ultimato ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que aceite até a próxima quinta-feira, 27 de novembro, Dia de Ação de Graças, o plano de paz proposto pela Casa Branca para pôr fim à guerra na Ucrânia. – Se as coisas funcionarem bem, os prazos podem ser prorrogados. Mas quinta-feira é o dia que consideramos oportuno – declarou o presidente, em entrevista à emissora Fox Radio. Questionado na entrevista sobre o plano, que implicaria que a Ucrânia cedesse território à Rússia, o líder americano ressaltou que Kiev já “está perdendo território” com a guerra, um conflito que ele disse estar “fora de controle, é um massacre”. O presidente lembrou que, até agora, os Estados Unidos transferiram para a Ucrânia “os melhores equipamentos militares do mundo”. Questionado sobre a possibilidade de o presidente russo, Vladimir Putin, decidir atacar outros países europeus no futuro, Trump mostrou-se convencido de que o chefe do Kremlin “não quer mais problemas” e que aprendeu a lição de uma guerra “que deveria ter durado um dia e já dura quatro anos”. Trump também destacou a entrada em vigor, nesta sexta, das novas sanções americanas contra as duas maiores petroleiras russas, Rosneft e Lukoil, que ele classificou como “muito poderosas”. O plano de 28 pontos de Trump para a Ucrânia, que vazou para a imprensa americana, inclui limites para Kiev, como a redução de seu exército para um máximo de 600 mil efetivos ou a cessão à Rússia de territórios que não foram conquistados militarmente por Moscou.

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