Tarcísio elogia Nobel para Corina e alfineta Lula, que legitimou Maduro
O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), aproveitou seu elogio à premiação da líder de oposição venezuelana Maria Corina Machado com Nobel da Paz, nesta sexta-feira (10), para provocar o presidente Lula (PT) e suas tentativas de legitimar o regime do ditador Nicolás Maduro, na Venezuela. Sem citar o petista, o chefe do governo paulista disse que o prêmio para Corina deve servir de exemplo para quem defende o regime execrável de esquerda no país vizinho ao Brasil.
Tarcísio ainda considerou o Nobel da Paz para Corina como um incentivo para o Brasil reencontrar o caminho de uma liberdade verdadeira. E, o citar que a premiação “deslegitima o regime ditatorial de Maduro”, o governador faz uma provocação clara a Lula, porque o petista reatou relações diplomáticas com ditador Maduro, em 2023, criticando “preconceito contra a Venezuela” e tratando o regime no país como “vítima de uma narrativa de antidemocracia e autoritarismo”.
“O Nobel da Paz concedido a Maria Corina Machado tem um significado importante. Deslegitima o regime ditatorial de Maduro e mostra que o esforço para manter viva a chama da democracia em meio à escuridão não está passando despercebido por quem milita ao lado da verdade. Que essa premiação sirva de exemplo para aqueles que vivem de narrativas, enquanto defendem esse regime execrável. E para que o Brasil se reencontre com o caminho da verdadeira liberdade”, escreveu Tarcísio, na rede social X.
‘Validando abusos’
Lula chegou a ser criticado pela própria vencedora do Nobel da Paz, em março do ano passado, quando falou que a líder venezuelana não devia “ficar chorando” por ser impedida pelo regime da Venezuela de de disputar eleição contra o ditador Maduro. Corina reagiu acusando Lula de validar “os abusos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados que afirma apoiar”.
O governador é ex-ministro da Infraestrutura do líder de oposição a Lula, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e tem sido cotado para confrontar o projeto de reeleição do presidente petista, em 2026. Mas resiste em ser candidato à reeleição, diante das indefinições resultantes da condenação de Bolsonaro por crimes para “trama golpista” contra Lula, no Supremo Tribunal Federal (STF), há cerca de um mês.
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