Em 2023, Lula garantiu que o Exército não entraria nas favelas
Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, enquanto estivesse no cargo, não assinaria decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que não permitiria o uso das Forças Armadas em favelas.
– Eu não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas e, enquanto eu for presidente, não tem GLO – disse o presidente, em outubro daquele ano.
A posição, dada durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, reforça o que foi constatado agora com a negativa de apoio federal ao Rio de Janeiro.
A recusa foi confirmada pelo próprio governador Cláudio Castro (PL), que revelou ter feito três pedidos formais de blindados ao Ministério da Defesa desde janeiro deste ano, todos negados. Os ofícios enviados ao ministro José Múcio pediam apoio logístico da Marinha em operações policiais nas comunidades, mas foram barrados sob o argumento de que só poderiam ocorrer mediante GLO — mecanismo rejeitado publicamente por Lula.
Nesta quarta-feira (29), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, também admitiu que houve contato operacional entre a Polícia Militar do Rio e a PF antes da megaoperação que deixou mais de 130 mortos, mas disse que o órgão considerou a ação “não razoável” e decidiu não participar.
As declarações reforçam o isolamento do governo federal diante da crise de segurança no Rio. Enquanto o governador defende um “pacto nacional” contra o crime organizado, o Planalto mantém a diretriz de não empregar as Forças Armadas em ações dentro das comunidades.
Relembre:
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