Lima entra em emergência a um mês da final da Libertadores
A capital peruana Lima entrou nesta quarta-feira em estado de emergência por 30 dias em meio a uma onda de protestos e violência urbana, medida que coincide com a contagem regressiva para a final da Copa Libertadores da América 2025, marcada para 29 de novembro no Estádio Monumental de Lima.
A decisão foi anunciada pelo presidente do Peru, José Jerí, que assumiu o cargo em 10 de outubro após o impeachment da então presidente Dina Boluarte, sob acusações de “incapacidade moral”.
Segundo o anúncio, o decreto busca conter “uma onda de criminalidade” somada aos protestos que se intensificaram nas últimas semanas.
Os protestos se agravaram após a morte do rapper Trvko durante um dos atos, o que serviu como estopim para as manifestações que pedem o encerramento do Congresso peruano, a convocação de uma assembleia constituinte e a saída do presidente interino José Jerí.
Além disso, os protestos vinham sendo motivados por diferentes reformas governamentais desde setembro, como a proposta de obrigar jovens a participar de um provedor de pensão, que gerou forte reação popular.
Enquanto isso, a CONMEBOL, que organiza a copa, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as implicações do estado de emergência em Lima e mantém a sede da final.
Em 2019, a situação foi diferente: em meio a protestos no Chile, aquela edição teve a final realocada para Lima às vésperas do jogo.
O decreto de emergência entra em vigor de imediato e permanecerá por 30 dias, período que se aproxima do dia da final da Libertadores, programado para 29 de novembro.
A medida inclui ações extraordinárias de segurança e potencial mobilização das forças de segurança pública na capital peruana para garantir ordem nas ruas.
DP
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