17/10/2025

DEFESA DE EDUARDO BOLSONARO SERÁ FEITA POR DEFENSORIA PÚBLICA - DETERMINA MORAES

Moraes determina que Defensoria assuma defesa de Eduardo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Defensoria Pública assuma a defesa do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na denúncia por “coação” no processo sobre uma suposta trama golpista.

Em despacho nesta quinta-feira (16), o ministro mandou notificar o órgão para designar um defensor público para atuar no caso. A decisão foi tomada porque o deputado não constituiu advogado no processo.

O oficial de Justiça disse não ter conseguido notificar Eduardo, que está há sete meses nos Estados Unidos, embora tenha endereços no Brasil. Por isso, Moraes autorizou a notificação por edital, a partir da publicação da intimação no Diário Oficial e em jornais de grande circulação.

O edital foi publicado no dia 30 de setembro. O deputado tinha 15 dias para apresentar sua defesa. O prazo terminou nesta quarta-feira (15), assim, Moraes mandou o processo seguir com a Defensoria Pública.

O jornalista Paulo Figueiredo Filho, que também foi denunciado, mas reside nos Estados Unidos, será intimado por carta rogatória. Nesse caso, a notificação depende da cooperação de autoridades americanas, o que torna o processo mais demorado. Por essa causa, Moraes decidiu desmembrar a ação; as denúncias serão processadas separadamente a fim de dar celeridade ao andamento processual.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Eduardo e Paulo Figueiredo por entender que eles articulam nos Estados Unidos sanções contra o STF. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a campanha teve como objetivo pressionar os ministros a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O procurador-geral insiste que Eduardo e Paulo Figueiredo se valeram de contatos no governo Donald Trump para “constranger a atuação jurisdicional” do Supremo Tribunal Federal.

Em nota conjunta, Eduardo e Paulo Figueiredo denunciaram uma “perseguição política”, atribuíram a denúncia a “lacaios” do ministro Alexandre de Moraes, e disseram que vão continuar a expor os arbítrios do Judiciário brasileiro nos Estados Unidos.

Com informações AE

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