Casal milionário vai a CPMI blindado pelo STF
A CPMI que investiga o roubo a aposentados e pensionistas do INSS interrogou, nesta quinta-feira (23), às 14h, na condição de investigados, o ex-procurador-geral do INSS Virgílio Ribeiro de Oliveira Filho e sua esposa Thaisa Hoffmann, titular ao menos de seis empresas acusadas de receberem propinas do esquema criminoso.
Ambos são apontados nas investigações da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União (CGU) e da própria CPMI como alguns dos principais integrantes do esquema criminoso, mas, como tem sido recorrente, também conseguiram ser blindados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que lhes concedeu o direito de não responder às perguntas. Podem até mentir, sem o risco de serem presos.
Virgílio foi afastado do cargo por decisão da Justiça quando o escândalo estourou, em abril deste ano, e considerado um dos principais acessos do esquema para fazer descontos associativos nas aposentadorias sem que os inativos soubessem.
O ex-procurador é suspeito de receber dinheiro desse esquema diretamente ou através de empresas fantasma.
Também convocada para depor, a esposa de Virgílio, Thaisa Hoffmann, que administrava ao menos três empresas usadas para receber dinheiro que teria sido roubado dos aposentados. Mesmo após deflagrada a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, Thaisa transferiu R$5 milhões para uma construtora e seu marido fez encomenda de um automóvel de luxo Porshe avaliado em R$1 milhão.
A ligação do casal ao esquema era tão visceral que Thaisa utiliava um outro Porshe, de valor estimado em R$789 mil , registrado em nome de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, personagem central do escândalo, que se encontra preso.
O casal terá muito a explicar, como o crescimento patrimonial vertiginoso de mais de R$18 milhões, como citou em seu requerimento de convocação o senador Izalci Lucas (PL-DF), e a negociação de um apartamento em Balnerário Camboriú (SC) por R$24 milhões.
DP
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