18/09/2025

NA CPMI DO INSS ADVOGADO MILIONÁRIO SE CALA QUANDO FALOU-SE DE SUA LIGAÇÃO COM DIRCEU E HADDAD

Advogado milionário sob suspeita se cala na CPMI sobre sua ligação a Dirceu e Haddad

O advogado milionário Nelson William, após se recusar a assinar termo de compromisso para apenas dizer a verdade, durante seu depoimento na CPMI que investiga o roubo aos aposentados, também decidiu exercer o “direito de ficar calado” a partir do momento em que o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), fez pergunta sobre seu relacionamento com José Dirceu, ex-ministro de Lula (PT), e a influência do petista em contrato quecelebrou como Banco do Brasil.

Nelson Williams foi foi alvo da operação da Polícia Federal (PF), que prendeu os empresários Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes. e suas transações financeiras que estão nos relatórios da PF. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o escritório do advogado movimentou cerca de R$ 4,3 bilhões em operações suspeitas, entre 2019 e 2024. Grande parte dessas transações envolveram Maurício Camisotti.

O relator também perguntou a natureza de suas relações com o ministro Fernndo Haddad (Fazenda), a quem homenageou em jantar durante sua campanha ao governode São Palo pelo PT.

Apesar disso, Nelson Wilians negou, no colegiado nesta quinta-feira (18), qualquer envolvimento com o caso.

“Com todo respeito a todos aqui e sabendo que estão no direito de se manter fazendo perguntas, seguirei confirmando o que já disse no sentido de que não tenho nada a ver com o objeto desta CPMI”, destacou.

O vice-presidente do colegiado, deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), criticou a postura do advogado, afirmando que Nelson Wilians “é um tigrão nas redes sociais, mas, sem filtro e sem celular, se mostra um verdadeiro fantoche”.

Questionado também pelo relator da CPMI, deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), Nelson Wiliams passou a responder, por seguidas vezes, que não tinha “qualquer relação” com as fraudes.

Nelson afirmou ainda que a PF não “errou” ao deflagrar a operação.

“Não tenho nada a ver com o que está sendo objeto da investigação, que são os roubos dos aposentados do INSS. Com relação à PF, ela cumpre o seu papel. O papel é de apurar. Se a PF achou que aquele seria o caminho, é um direito dela”, destacou.

Após ser pressionado e afirmar que não tem envolvimento na ação, Wilians usou o benefício concedido pelo STF e decidiu ficar em silêncio.

DP

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