Gastos do Judiciário batem recorde: R$ 146,5 bilhões
O relatório “Justiça em Números 2025”, publicado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que as despesas do Judiciário brasileiro bateram novo recorde em 2024, somando R$ 146,5 bilhões, um aumento de 5,5% em relação a 2023.
Pela primeira vez, o documento inclui dados do Supremo Tribunal Federal (STF) e informações detalhadas de 91 órgãos do setor. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (23).
O custo médio por cidadão foi de R$ 689,34, com o Judiciário representando cerca de 1,2% do PIB. Excluindo os valores destinados a inativos (15,4% do total), o custo efetivo operacional foi de R$ 124 bilhões, ou R$ 583,07 por habitante.
Quase 90% do orçamento (R$ 130,6 bilhões) foi destinado a despesas com pessoal. Salários e subsídios de magistrados e servidores ativos e inativos consumiram mais de 80% desse valor.
Benefícios como auxílio-alimentação e saúde representaram cerca de 10%, enquanto diárias, passagens e auxílio-moradia somaram quase 5%. Cargos comissionados ficaram com mais de 13%.
O relatório destaca os custos mensais médios por magistrado e servidor:
- Tribunais Superiores – magistrado R$ 101,6 mil; servidor R$ 27,3 mil
- Justiça Estadual – magistrado R$ 92,8 mil; servidor R$ 19,4 mil
- Justiça do Trabalho – magistrado R$ 68,7 mil; servidor R$ 26,7 mil
O presidente do CNJ e STF, ministro Luís Roberto Barroso, comentou que o país enfrenta uma “epidemia de judicialização”, e que os juízes brasileiros trabalham de quatro a cinco vezes mais que a média europeia.
DP
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