Após pedido de cassação, vereadora Brisa afirma que artistas pediram “anulação de cachês”
A vereadora Brisa Bracchi (PT) reagiu, na manhã desta terça-feira (19), antes da sessão na Câmara Municipal de Natal (CMN), ao pedido de cassação protocolado pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil). Segundo Brisa, além de considerar a iniciativa uma “ação de perseguição política”, os três artistas que se apresentaram no evento solicitaram a anulação dos cachês pagos via Fundação Capitania das Artes (Funcarte).
“Os artistas todos me procuraram e, em solidariedade aos ataques que o mandato tem recebido, decidiram doar as suas apresentações. Eles estão pedindo a anulação dos cachês via Funcarte, porque reconhecem o compromisso que o mandato tem com a cultura”, afirmou.
O parlamentar acusa a petista de usar R$ 18 mil em recursos de emenda impositiva para financiar o evento “Rolê Vermelho”, realizado em 9 de agosto e que celebrou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A vereadora ressaltou que o evento foi organizado pela Casa Vermelha, espaço cultural de Natal, e que os artistas contratados — a cantora Khrystal, a banda Skarimbó e o DJ Augusto — têm trajetória reconhecida na cena local.
Brisa também minimizou o pedido de cassação apresentado por Faustino. “A gente reconhece esse pedido como frágil e vazio. Vamos dialogar com a presidência da Casa e com o conjunto dos vereadores, porque a decisão não é do vereador Matheus, é do colegiado dos 29 vereadores”, disse.
O pedido do parlamentar do União Brasil se baseia em suposta violação à Constituição, à Lei de Improbidade Administrativa e ao Regimento Interno da Câmara. O caso foi encaminhado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da CMN, formada pelos vereadores Tony Henrique (PL), Chagas Catarino (União Brasil) e Daniel Valença (PT).
Faustino também solicitou que o caso seja investigado pelo Ministério Público do RN, sob suspeita de improbidade administrativa e crime de peculato-desvio.
TN
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