Informação vaza e revela que novo patrocínio do JN encurralou Bonner e abalou bastidores da Globo
Desde que o Nubank foi anunciado como um dos patrocinadores oficiais do Jornal Nacional, surgiram alertas nos bastidores da Rede Globo sobre possíveis interferências na linha editorial do telejornal. Profissionais do setor relatam, sob condição de anonimato, que determinadas pautas estariam sendo discutidas previamente com o banco. Um episódio recente alimentou a suspeita: após a veiculação de uma matéria sobre um tema econômico delicado, foi exibido imediatamente um comercial da fintech com a frase “Vocês viram aí no jornal, né?”, sinalizando uma sincronia incomum entre o conteúdo noticioso e a publicidade — uma vez que o JN é ao vivo e os comerciais são gravados.
A informação é do jornalista Alessandro Lo-Bianco.
William está encurralado.
Fontes internas afirmam que o banco pode ter exercido influência direta na definição da pauta. Uma das críticas recorrentes é a dificuldade de sustentar uma narrativa jornalística isenta quando, logo após a exibição de determinada reportagem, o patrocinador aparece promovendo uma posição convergente — ou até oposta — àquela apresentada no noticiário.
“Não dá para o jornal afirmar uma coisa e, em seguida, o banco patrocinador contradizer ou reforçar a mensagem com uma campanha publicitária”, pontuou uma das fontes.
A crise agora é institucional. A Globo, que sempre defendeu publicamente sua independência editorial como um pilar inegociável, vê-se diante de um dilema: como preservar sua credibilidade diante de uma suspeita crescente de interferência comercial em seu principal telejornal?
O patrocínio do Nubank, que até então era tratado como mera inserção comercial, agora é encarado por parte dos profissionais como uma possível ameaça ao conteúdo jornalístico. Em reuniões internas, a meta tem sido clara: conter os danos e garantir que o episódio mais recente não custe a confiança que o público deposita no Jornal Nacional.
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