12/05/2025

O REI NU

O Rei Nu, de Hans C. Andersen

Esta frase aplica-se a alguém que mal disfarça os seus verdadeiros intentos ou as suas fragilidades. Também se aplica onde, apesar de escamoteada, a realidade salta aos olhos. A origem da expressão reside num conto do mesmo título de Hans C Andersen (1805-1875). Um rei decidiu mandar fazer um terno com os tecidos mais finos. Porém, os alfaiates contratados decidiram enganar o tolo monarca, convencendo-o de que conseguiriam fazer um terno com um tecido tão raro que só as pessoas inteligentes o conseguiriam ver. Como é de supor, não havia tecido nenhum. O rei via-se ao espelho como de fato estava: Nu.

Mas tendo medo de passar por estúpido, elogiava o terno que não via. Como é também evidente, nenhum cortesão lhe revelou a verdade, e todos elogiavam o inexistente terno cada vez que o rei passeava nu pelo palácio. Um dia, o rei decidiu desfilar pela sua cidade com a roupa imaginária. A multidão, respeitosa e temerosa, mantinha-se em silêncio. Só uma vozinha de criança rompeu o silencio, revelando o que todos sabiam:

-O rei está nu.

A expressão ficou!

Nenhum comentário: