Depoimento sobre a Operação Paraguai contradiz o Itamaraty e revela ciência do chefe da Abin
No depoimento do agente que detalhou a Operação Paraguai à PF está dito que o chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa, não só estava ciente dela, como autorizou inclusive viagens ao exterior.
A operação é o esquema de espionagem que Abin promoveu nos sistemas do governo paraguaio e também em autoridades daquele país em meio às negociações sobre a comercialização da energia gerada pela usina de Itaipu.
O agente contradiz o Itamaraty que, quando o assunto tornou-se público, há duas semanas, garantiu que assim que o governo soube do fato, em março de 2023, mandou cessar a arapongagem.
As investigações da PF indicam que, no governo passado, Jair Bolsonaro e os generais Braga Netto e Augusto Heleno, entre outros tinham conhecimento da Operação Paraguai.
No governo Lula, o agente da Abin que depôs disse que, além de Corrêa, outras autoridades sabiam da espionagem sobre o país vizinho.
Além de um software de espionagem para esta operação que a PF apreendeu com o agente, foi encontrado também um power point apresentando a ação.
O Globo
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