Jornal aponta falta transparência no combate a fake news do TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou uma frente de trabalho para combater fake news sobre o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, mas o jornal Folha de S.Paulo questiona a transparência no Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde).
O setor, criado em 2024, faz uma triagem de denúncias que chegam via plataforma online – lançada em 2022 – que tenham relação com a Justiça Eleitoral, também quanto os membros do TSE, quanto seus servidores e colaboradores. Assuntos relacionados a candidatos políticos, caso se refiram à legitimidade do processo eleitoral, também são recebidos pelo Ciedde.
A Folha alega que a estrutura do setor cria “prejuízo para a imagem de imparcialidade da corte”, pois “há uma análise prévia sobre conteúdos”.
– Além disso, sem maior transparência e sem manifestação das partes, abre-se margem para eventuais arbitrariedades e uso de critérios desiguais – completa a crítica feito pelo jornal.
Não é possível saber quais situações foram avaliadas pelo Ciedde, quais foram enviadas para as plataformas de redes sociais e outros parceiros analisarem, tampouco o que foi arquivado. O que se sabe, segundo o relatório, é que das 5.250 denúncias feitas, 1.972 foram arquivadas.
– Nesses casos, informa-se apenas que não havia dados mínimos necessários para análise ou que estavam fora do escopo – diz a Folha.
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