05/01/2025

INCRA DE LULA QUER TOMAR FAZENDA DE AGRICULTORES NA 'MARRA'

O fim de ano angustiante da família expulsa da própria fazenda pelo Incra de Lula

Há aproximadamente 70 anos, a família Bettim celebra as festas de fim de ano na Fazenda Floresta e Texas, na zona rural de São Mateus (ES). Entretanto, a perspectiva de serem expulsos do próprio lar trouxe uma carga de angústia para o Natal de 2024. E a virada de ano foi tão triste quanto.

Essa carga de tormento é fruto de uma decisão da Justiça do Espírito Santo, que deu aos Bettim o prazo até 13 de fevereiro para desocupar a terra — caso não saiam, serão retirados pela polícia. A fazenda é o lar de 16 pessoas, das quais a maioria é composta por crianças e idosos, e fonte de emprego para capixabas aptos a ajudar nas colheitas.


A família foi informada sobre a desapropriação em 18 de dezembro. Viviane Bravim Bettim, mãe de duas crianças, não consegue mais dormir direito desde então. “Estamos sendo pressionados a desocupar a terra antes de uma sentença definitiva”, diz ela a Oeste. “Isso nos coloca em uma situação ainda mais angustiante.”

“O prazo é completamente insuficiente”, conta Viviane. “Não temos tempo nem para concluir nossas atividades na terra de forma digna.” Os Bettim têm na Fazenda Floresta e Texas sua fonte de renda, e os cerca de dois meses estabelecidos pelo governo federal, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), são inviáveis tanto para a devida execução da colheita quanto para a retirada do gado.

Atualmente, a fazenda tem 100 mil pés de café e 500 vacas leiteiras, além do cultivo de pimenta e árvores frutíferas e uma grande parte em reserva. “A produção agrícola e pecuária da nossa propriedade é a única fonte de renda para a nossa família”, conta Viviane, entre lágrimas.

Incra tenta desapropriar a fazenda há 15 anos

Desde 2009 o governo tenta arrancar a fazenda dos Bettim, por meio de um processo judicial do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que voltou a ocupar o cargo desde o início de 2023. Segundo Viviane, o processo voltou a tomar força em 2022, “com o Incra buscando a todo custo tomar a nossa propriedade, alegando que ela é improdutiva”.


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