Joesley e Wesley Batista pagaram R$ 21 milhões para filho de presidente eleito de Tribunal de Justiça
Uma investigação da Polícia Federal identificou “pagamentos milionários” da JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, para o filho do desembargador Sideni Pimentel, o advogado Rodrigo Gonçalves Pimentel, suspeito de envolvimento em esquema de venda de sentenças no Mato Grosso do Sul.
Os investigadores detectaram que Rodrigo recebeu 21 milhões de reais da JBS num intervalo de nove meses, entre 2022 e 2023.
A holding dos irmãos Batista, além de administrar três frigoríficos, disputa com a Paper Excellence o controle da Eldorado Celulose, sediada em Três Lagoas (MS); ou seja: tem negócios importantes no estado.
A Revista Piauí publicou a trama.
O delegado da PF Marcos André Araújo Damato escreveu o seguinte em um relatório obtido pela revista.
“Considerando que: 1) a JBS já esteve envolvida em esquema de corrupção conhecido nacionalmente, inclusive com pagamentos para autoridades de Mato Grosso do Sul, 2) os altos valores das citadas transferências para o escritório de Rodrigo Pimentel em curto período e 3) as suspeitas de envolvimento dele em esquema criminoso, o prosseguimento das investigações poderá esclarecer se há algum crime relacionado a tais pagamentos milionários”.
A assessoria da JBS negou relação entre o dinheiro e atos de corrupção.
“O escritório Pimentel & Mochi Advogados Associados já atuou em diversas ações da empresa relacionadas a inúmeros temas e recebeu honorários por isso, como qualquer outro escritório que atue em defesa da JBS”, diz a nota.
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