Esquerda vê número de votos derreter nas periferias
Segundo um levantamento feito pelo jornal O Globo, candidatos da esquerda que disputam o segundo turno das eleições municipais perderam votos nas periferias de cidades como São Paulo e Porto Alegre. A análise foca em bairros com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) dessas localidades.
Em São Paulo, por exemplo, bairros como Marsilac, Parelheiros, Grajaú e Jardim Helena, por exemplo, eram eleitores assíduos do Partido dos Trabalhadores, os três primeiros, localizados no extremo sul da capital paulista, formaram o chamado “Martalândia”, por conta do forte apoio dado à ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Em 2000, a petista obteve 71.974 votos no Grajaú, enquanto que este ano, o candidato Guilherme Boulos (PSOL), mesmo tendo Marta como vice, obteve 45.697 votos nesta mesma região, uma redução de 36%.
No Jardim Helena, extremo leste, Boulos alcançou 37 mil votos, número inferior ao obtido por Haddad em 2012 e próximo ao total que ele e Jilmar Tatto (PT) conseguiram juntos em 2020.
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o PT também tem perdido apoio dos eleitores nas periferias. Em Lomba do Pinheiro, por exemplo, o número de votos para a sigla reduziu assustadoramente. Em 2000, o candidato Tarso Genro recebeu 48 mil votos, mas este ano, com a candidata Marina do Rosário, o número de votos foi de apenas 19 mil.
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