05/08/2024

UOL LEVA 'CARÃO' DE MORAES POR PUBLICAR NOTÍCIA VAZADA DE DENTRO DO TSE SOBRE BOLSONARO

Vaza informação de dentro do TSE e Moraes se revolta

Uma reportagem do UOL vazou informações chocantes sobre o TSE. Conforme mostrou a matéria, a chance de ser revertida a condenação de Jair Bolsonaro para habilitá-lo para a disputa presidencial de 2026 é praticamente nula na avaliação de ministros do TSE.

Esses ministros da Corte Eleitoral pediram "anonimato" ao UOL. Segundo os mesmos, a estratégia adotada pelos advogados de Bolsonaro enterrou a possibilidade do ex-presidente concorrer em breve. Não existe mais brecha para a defesa entrar com recurso à condenação no TSE. Os advogados tinham duas opções. Uma delas seria continuar recorrendo à corte eleitoral com embargos de declaração, sem apelar ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ainda que os pedidos fossem negados, o processo ficaria vivo no tribunal por algum tempo, até que a mudança na composição do plenário fosse mais favorável ao ex-presidente.

Nas eleições de 2026, a presidência do TSE será do ministro Kassio Nunes Marques e a vice, de André Mendonça. Os dois foram escolhidos por Bolsonaro para compor o STF. No entanto, a defesa do ex-presidente optou por recorrer logo ao Supremo. Com isso, não seria mais possível questionar as condenações perante o TSE.

Quem não gostou nada do "vazamento" do UOL foi o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Moraes fez questão de enviar uma nota ao UOL criticando a reportagem e afirmando que trata-se de uma matéria mentirosa.

"Sob o manto do sigilo de fonte a jornalista inventou fatos e versões", diz a nota.

"Infelizmente, ao haver esse tipo de publicação em veículo de relevância nacional como o UOL, constata-se que as fake news e notícias fraudulentas não ficam restritas apenas às redes sociais. Não há democracia sem uma imprensa forte, consciente e responsável. Essa responsabilidade, portanto, deve ser exercida diuturnamente e incansavelmente por todos os profissionais da imprensa", finaliza a nota. Apuração mantida.

Nenhum comentário: