*O Brasil articula com a Colômbia uma posição oficial e conjunta sobre a manifestação do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de ratificar a vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição presidencial de 28 de julho. Há possibilidade de o presidente Lula e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, conversarem nesta sexta-feira (23) sobre o assunto. Fontes da diplomacia brasileira relataram à CNN que a posição que vem sendo construída não deve reverter a linha de exigir transparência e a apresentação das atas da eleição, muito embora a presidente do tribunal, Caryslia Rodriguez, tenha dito que a corte revisou os documentos da autoridade eleitoral e concordou que Maduro venceu a eleição. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está em viagem às Filipinas nesta sexta-feira e o assunto vem sendo conduzido no Palácio do Planalto pelo assessor internacional do presidente Lula, Celso Amorim. Em entrevista a CNN espanhola na quinta-feira (22), ele reiterou a defesa da tese se que ocorram novas eleições no país. “Se ambos os lados dizem que venceram, por que não realizar outra eleição em que se possam evitar os problemas que, dizem, contaminaram essa eleição?”, disse.
*O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) negou na noite de quinta-feira (22.ago.2024) que tenha havido uma ruptura definitiva com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depois da troca de farpas em uma publicação no perfil do ex-chefe do Executivo. Ele classificou o caso como uma discussão eleitoral. “Depois que passa a eleição, está tudo certo. Eu fui candidato a presidente em 2022. A gente acabou tendo uns problemas também e depois eu apoiei ele. Ajudei ele na eleição dele”, disse a jornalistas, citado pela CNN Brasil. “O político não pode pensar com o intestino”, acrescentou. Segundo Marçal, o episódio é culpa do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. “O Carlos que tem problema comigo”, disse. Na quinta-feira (22.ago), Marçal comentou no post de Bolsonaro: “como você disse: eles vão sentir saudades de nós”. O ex-presidente respondeu: “Nós? Um abraço”.
*O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o vazamento e a divulgação de mensagens particulares de servidores de seu gabinete indicam a atuação estruturada de uma possível organização criminosa que busca desestabilizar as instituições republicanas. O argumento foi utilizado por Moraes ao determinar a abertura de uma investigação para apurar o caso revelado pelo jornal “Folha de S.Paulo”. O inquérito foi aberto sem que houvesse um pedido formalizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A instituição foi comunicada sobre a investigação após a decisão do ministro. De acordo com o ministro, há “relevantes indícios” da ocorrência dos crimes de divulgação de segredo e de violação do sigilo funcional, “no contexto de reiterados ataques ao Estado Democrático de Direito e ao Supremo Tribunal Federal”. Moraes sustenta que vazamento e a divulgação de mensagens particulares trocadas entre servidores do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se revelam como novos indícios da atuação estruturada da suposta organização criminosa citada por ele.
*A revelação que até a mulher de Alexandre de Moraes se utiliza de jatinhos da FAB em seus deslocamentos chamou a atenção para esse tipo de privilégio, que deveria ser restrito apenas aos chefes de poder e comandantes militares, que têm status de ministro. Desde o início do ano, ministros do governo Lula (PT) se somaram aos presidentes do Senado, Câmara e do STF, realizando 1.068 voos em aeronaves do Grupo de Transporte Especial (GTE), da Força Aérea Brasileira. O recordista no uso de jatos da FAB, este ano, é o presidente Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso: foram 81 voos até 15 de agosto. O dia 15 de agosto foi a data do voo da mulher de Moraes, a advogada Viviane, com ministros do governo Lula e do STF. O presidente da Câmara, Arthur Lira (74 voos) e os ministros José Múcio (72) e Fernando Haddad (64) fecham o pódio da mordomia. Barroso também tem o recorde de voos em jatinhos da FAB um único mês, em 2024: foram 24 viagens somente no mês junho.
*A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata do Partido Democrata à Casa Branca, Kamala Harris, fez nesta quinta-feira (22.ago.2024) o seu discurso de aceitação de nomeação da sigla para a disputa. Segundo a democrata, ela “será a presidente que unirá” o país. “Para manter os princípios fundamentais sagrados dos Estados Unidos, do estado de direito às eleições livres e justas, à transferência pacífica de poder. Serei uma presidente que nos une em torno de nossas mais altas aspirações. Uma presidente que lidera e escuta, que é realista, prática e tem bom senso. E sempre luta pelo povo norte-americano. Este tem sido o trabalho da minha vida”, declarou a milhares de apoiadores no United Center, em Chicago. A democrata afirmou que o pleito de 2024 é não só o “mais importante” da vida dos norte-americanos que a estavam ouvindo, mas o “mais importante da história do país”.
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