13/08/2022

CARTA PELA DEMOCRCIA: EX-PRESIDENTE DA FIESP ACIONA POLÍCIA APÓS NOME INCLUÍDO SEM TER ASSINADO

Skaf aciona a polícia após ter seu nome incluído na lista de assinaturas da carta em defesa da democracia

O ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) Paulo Skaf registrou um boletim de ocorrência neste sábado (13) para pedir abertura de investigação da inclusão do seu nome na lista de signatários da Carta em Defesa do Estado Democrático de Direito, da USP, que foi lida na última quinta-feira (11) na faculdade de Direito.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como falsidade ideológica na Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 98º Distrito Policial, Cidade Monções, Zona Sul de São Paulo.

Skaf foi orientado a comparecer na delegacia para prestar depoimento e “dar mais detalhes que possam ajudar no esclarecimento e elucidação dos fatos”.

Durante as eleições de 2018, quando Skaf tentou vaga ao governo do estado, ele se aproximou do presidente Jair Bolsonaro (PL). Skaf chegou a fazer parte do Conselho da República para oferecer sugestões ao presidente. Mas depois, neste ano, os dois se distanciaram.

Bolsonaro não assinou à carta e fez discursos contra o documento.

À Folha de S.Paulo, Skaf afirmou que não assinou nenhuma das duas cartas pela democracia.

"Nem da USP nem da Fiesp. Nenhuma. Assim como fizeram comigo, devem ter feito com muitos. Uma vergonha", disse Skaf ao jornal.

Na noite deste sábado (13), o nome do ex-presidente da Fiesp já não aparecia no buscador da lista de adesões à carta.

A carta já tem mais de 1 milhão de assinaturas.

Carta pela democracia

O ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro reuniu empresários, juristas, artistas, movimentos sociais e sindicais na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo na quinta-feira (11).

O evento levou uma multidão ao Largo de São Francisco, no Centro da capital paulista, e foi encerrado com gritos de "Fora, Bolsonaro".

Dentro da universidade, os discursos recordaram os mortos na ditadura e foram marcados pela cobrança da manutenção do Estado democrático de Direito e do respeito ao sistema eleitoral brasileiro.

G1

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