12/06/2022

CPI DO SERTANEJO INVESTIGA CONTRATOS COM PREFEITURAS

Mais de 35 cidades têm shows investigados; Gusttavo Lima é o mais citado

Desde que Zé Neto, da dupla com Cristiano, criticou artistas que usam a Lei Rouanet e ironizou a tatuagem no "tororó" de Anitta, diversos shows com altos cachês pagos por prefeituras passaram a ser investigados pelo Ministério Público. Na ocasião, em 13 de maio deste ano, a dupla sertaneja fazia um show contratado com dinheiro da prefeitura de Sorriso, em Mato Grosso do Sul.

De lá até aqui, pelo menos 36 cidades estão com investigações abertas por promover shows, festivais ou festas com a presença de artistas conhecidos nacionalmente e alto cachê. Esse movimento tem sido chamado de "CPI do sertanejo".

O nome mais citado nos contratos investigados é o do cantor Gusttavo Lima. Com o cachê mais alto do alto, que pode ultrapassar R$ 1 milhão, o cantor sertanejo teve problemas em pelo menos cinco apresentações nos estados de Roraima, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.

O cantor usou o Instagram para compartilhar um desabafo sobre as investigações envolvendo shows marcados pelo país.

Eu nunca me beneficiei de dinheiro público ou empréstimo. A minha vida foi sempre trabalhar, fiz quase 300 shows em 2019. Somos uma equipe gigantesca de colaboradores, que nos ajudam a subir sempre mais um degrau. Não compactuo com uso de dinheiro público, tenho meus impostos em dia. Gusttavo Lima

Em seguida, aparece Wesley Safadão com quatro contratos investigados e Xand Avião com três. Bruno e Marrone, Simone e Simaria, Ávine Vinny e Nattanzinho também aparecem nos contratos que estão na mira da "CPI do sertanejo".

Mas vale destacar que os artistas não são investigados, mas sim as prefeituras que os contratam por valores considerados desproporcionais a sua própria receita e tamanho. Vale ponderar também que uma lei criada em 1993 permite que artistas reconhecidos pela crítica ou público possam ser contratados sem licitação.

UOL

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