29/04/2022

TÁ FICANDO DIFÍCIL: TRANSEXUAL CHAMA POLÍCIA PARA PRENDER CLIENTE QUE LHE CHAMOU DE 'QUERIDO'

Vendedora transexual acusa cliente de homofobia por ter sido chamada de “querido” e chama polícia para prendê-lo

Uma confusão a respeito de um calçado, que envolveu Flavia Noronha e a equipe de atendimento da loja Schutz ganharam a web no dia de hoje (29). No vídeo que circula na internet, uma atendente transexual identificada como Luana Cristina, acusa a apresentadora de ter sido transfóbica ao tratá-la pelo pronome masculino

O marido da apresentadora, o empresário Alexandre Abraham, inclusive, acabou envolvido na história após aparecer no local para prestar apoio a Flavia, que por sinal estava acompanhada da filha de apenas 7 anos e presenciou toda a situação.

O caso teve início a partir da devolução de uma bota à loja Schutz, da Oscar Freire. Cliente ativa da marca há muitos anos, Flavia havia recebido o calçado em casa, mas não gostou e optou por trocá-lo pessoalmente, num outro dia, pois queria comprar outras peças na loja junto da filha. Entretanto, a funcionária se recusou a receber a bota, sob alegação de que havia sido usada.

Flavia, por sua vez, negou que tenha feito uso da peça e solicitou a presença da gerente do estabelecimento. Assim que o feito, a situação apenas piorou. De acordo com a apresentadora do SBT, a péssima conduta da funcionária em questão se estendeu à própria gerente. “A gente não tem o que fazer mesmo, somos obrigadas a engolir essa bota”, relata Flavia sobre as falas da gerente.

A chegada da polícia

Em seguida, se sentindo humilhada, Flavia tomou a atitude de ligar para o marido e também de levar a situação para os stories do Instagram. Minutos depois, Alexandre apareceu no estabelecimento e a polícia, que havia sido acionada no mesmo momento, também já esperava do lado de fora da Schutz. A gerente, então, se exaltou ao perceber a presença dos policiais e proferiu palavras ofensivas contra Flavia.

Transfobia? Luana entra na discussão e o caso ganha outro contexto

Foi neste momento em que Luana Cristina, com uso de máscara, cabelo amarrado para trás, sem maquiagem e vestida com roupa genderless (unissex), entrou no caso. ‘Tinham umas seis pessoas discutindo comigo e eu pedindo para não se meterem. Ela [Luana] saiu da loja – ninguém entrou na loja para ofender ela -, não tinha nada a ver com a história, passou por trás dessa gerente e começou a colocar o braço em mim e no meu marido. Eu fui coagida pelos seguranças, funcionário e inclusive pela Luana, que tentou nos empurrar para fora da calçada da Schutz. Eu falei: ‘Querido, não se mete’. Eu só falei isso. Ela respondeu: ‘Querido não, querida’. Eu, então, falei: ’Querida, me desculpe, mas não se mete, não tem nada a ver com você essa história”, relatou Flavia, hoje integrante do Programa Raul Gil e do rodízio de apresentadores do Fofocalizando.

Polícia não identificou o caso como transfobia

“Eu não tinha como saber. Ela começou a atacar a gente e me chamar de transfóbica e colocou um amigo para filmar”, continuou Flavia. Em meio aos gritos de Luana e ameaças de processo, Alexandre Abraham reagiu e acabou se referindo a ela como “cara”. “O meu marido me chama de ‘cara’, até minha filha fala ‘cara’”, ressaltou Flavia Noronha. “Se a gente tivesse sido transfóbicos na frente de dois policiais, teríamos sidos presos na mesma hora. Os dois policiais estão de prova”.

Flávia Noronha trabalhou na Band e na RedeTV, essa última por mais de 13 anos. A apresentadora lamenta pelo ocorrido e esclareceu jamais ter sido intencional ou ofensiva, o tema da discussão, sobretudo, era completamente outro. Ainda em conversa com a coluna, ela contou ter recebido ligações de apoio por parte de amigas transexuais com quem trabalhou ao longo dos últimos anos.

Metrópoles

Nenhum comentário: