26/10/2021

DEPUTADO MÉDICO DO RN DIZ QUE VACINAS NÃO CAUSAM AIDS

No RN, deputado médico defensor do ‘kit Covid’ afirma que vacinas não causam Aids

Em seu pronunciamento na Sessão Ordinária desta terça-feira (26), no Legislativo Potiguar, o deputado Albert Dickson (PROS) trouxe informações acerca da relação das vacinas contra a Covid-19 e a transmissão do vírus HIV. Segundo ele, os imunizantes aplicados no Brasil não têm possibilidade de aumentar o risco de infecção pela AIDS.

“Eu quero falar hoje sobre a informação divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro, através de uma live, que relacionou a vacina contra a Covid-19 com o vírus HIV. Como médico, eu venho refutar essa informação. Ela foi originada numa pesquisa feita ainda em 2007, pela conceituada revista ‘The Lancet’, que chegou à conclusão de que as vacinas que utilizam o ‘Adenovírus 5’ podem aumentar o risco das pessoas adquirirem o HIV. Mas, atenção, isso não quer dizer que o cidadão vai adquirir o vírus tomando a vacina”, alertou.

Ainda de acordo com o parlamentar, nenhuma vacina aplicada no Brasil utiliza o Adenovírus número 5, portanto, não há esse risco no País. “Apenas duas vacinas aplicadas no mundo, a russa Sputnik V e a chinesa Cassino, utilizam esse tipo de adenovírus. E nenhuma delas é usada no Brasil. Então eu venho refutar essa informação do presidente, com todo respeito a ele. Mas eu tinha que vir esclarecer isso, para dar essa tranquilidade à população do RN e do Brasil: as vacinas aplicadas no Brasil não têm relação nenhuma com o aumento de casos de HIV”, garantiu.

Albert lembrou que o HIV não é transmitido através de vacinas, e sim, de fluidos corporais, como sangue, leite materno e sêmen. Reforçando ser a favor da vacina, o deputado destacou sua solicitação para que seja reduzido o tempo de aplicação da terceira dose das vacinas contra a Covid-19 no Estado.

“Pesquisas indicam que a vacina da Pfizer, por exemplo, tem uma efetividade de seis meses. E a terceira dose está sendo utilizada justamente após seis meses. Então, ela é aplicada quando já está se encerrando a imunidade das pessoas. Diante disso, nós precisamos antecipar essa terceira dose para, pelo menos, quatro meses”, sugeriu.

O parlamentar ainda agradeceu a homenagem feita pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia a ele e sua esposa, a deputada federal Carla Dickson, na semana passada, através de moção de aplausos, pelo trabalho que os dois têm feito no combate à cegueira no RN, através de procedimentos cirúrgicos e atendimentos clínicos.

Nenhum comentário: