21/08/2021

O GLOBO DEFENDE ANDRÉ MENDONÇA NO STF, EM EDITORIAL DESTE SÁBADO (21)

Em editorial, O Globo defende André Mendonça no STF

Em editorial publicado neste sábado (21), o jornal O Globo defendeu a indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que o Senado deveria marcar a data da sabatina do ex-advogado-geral da União. Mendonça foi indicado em julho pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a vaga do ministro Marco Aurélio Mello.

O posicionamento do jornal ocorre após o presidente da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidir “congelar” a sabatina de Mendonça devido ao pedido de impeachment apresentado por Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes.

Para O Globo, no entanto, a decisão de Alcolumbre “carece de sentido”. O veículo lembrou que André Mendonça foi indicado por Bolsonaro antes da recondução de Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República (PGR), e que se o senador quer enviar um recado ao presidente, “isso não lhe dá o direito de postergar a sabatina de um e acelerar a do outro”.

A publicação lembrou ainda que “Bolsonaro tem o mandato para (e o dever de) indicar quem quiser ao Supremo. Nada mais natural que, dadas as suas inclinações, escolha um conservador religioso como Mendonça. Os senadores, em contrapartida, têm a obrigação de proceder à sabatina com seriedade, avaliando o candidato não pelas preferências políticas ou religiosas, mas sobretudo pela competência jurídica”.

O jornal ressaltou que, se os senadores fizerem a sabatina “com zelo, poderão chegar à conclusão de que Mendonça tem até mais razão para estar no STF do que Aras para comandar a PGR”. Apontou ainda que “se Bolsonaro está em pé de guerra com o Supremo a ponto de querer o impeachment de ministros que o incomodam, isso em nada tira a legitimidade da indicação de Mendonça. Ela é, ao contrário, o caminho institucional correto para a visão conservadora estar mais representada na Corte”.

Por fim, O Globo disse considerar que Alcolumbre não deveria usar sua posição na CCJ para “atingir objetivos políticos”, porque desse o modo senador “viola não apenas seu dever, mas também a regra implícita da democracia que preconiza convívio harmônico entre os Poderes”.

pleno.news

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