“Governo Fátima está fadado ao fracasso”, diz Carlos Eduardo Alves
O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, presidente estadual do PDT, avaliou o Governo Fátima Bezerra (PT) como “fadado ao fracasso”, em entrevista ontem ao Jornal da 96 FM, apresentado pelo jornalista Diógenes Dantas. Segundo ele, a gestão estadual não tem capacidade de investimento para implantar suas políticas públicas e resolver os problemas da população.
“Um governo que não tem dinheiro para resolver os problemas das pessoas, simplesmente esse é um governo que está fadado ao fracasso”, disse o ex-prefeito, que foi o adversário da governadora em 2018 e que nos últimos dias passou a admitir uma eventual candidatura ao governo do Estado novamente.
Na entrevista, Carlos Eduardo lembrou que a governadora Fátima assumiu o Governo do RN com quatro folhas em atraso, mas afirmou que ela não pode dizer que não é responsável, também, por esses salários não pagos aos funcionários públicos estaduais. “Ela não tem responsabilidade direta, mas indireta tem, porque ela participou do governo Wilma, participou do Governo de Robinson, o PT participou”, acrescentou, sem citar que houve rompimento da parte do PT, antes de o governo chegar à metade.
Em verdade, Robinson foi eleito com a ajudar do PT, ao lado de Fátima como candidata ao Senado, também vitoriosa na oportunidade, mas, sobretudo, com o apoio do então ex-presidente Lula, que chegou a gravar um vídeo ao lado de Robinson durante a campanha eleitoral, defendendo o apoio e pedindo votos para ele.
Ainda durante sua entrevista, o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves deu sinais de que deseja efetivamente concorrer ao governo do Estado novamente contra a, agora, governadora Fátima. Ele disse e repetiu uma vez que é pré-candidato ao Governo do Estado. Recentemente, Carlos disse que, caso estivesse no lugar da governadora Fátima, teria feito uma reforma administrativa, contratado uma consultoria, diminuído os cargos comissionados e pediria aos poderes que fizessem “o dever de casa”.
Carlos também criticou Fátima por inabilidade política ao não ter tido o traquejo de governar o Estado como estadista. “A governadora foi aos demais poderes, mas foi sem autoridade moral para exigir dos outros o devido sacrifício que se deve ao Estado, porque ela não fez o dever dela”, observou, salientando que, caso fosse ele o governador, o Rio Grande do Norte estaria em outro nível administrativo. “Eu teria feito o dever de casa e acho que a gente estaria em outra situação”, pontua.
Visto até então como uma possibilidade de aliado de Fátima nas eleições do ano que vem, possivelmente disputando o Senado Federal, as palavras recentes de Carlos em tom de crítica apresentam um outro caminho político para o pedetista, mais condizente com a política nacional do partido, liderada pelo ex-ministro Ciro Gomes, presidente nacional do PDT e pré-candidato do partido a presidente da República.
Ciro tem feito críticas cada vez mais duras ao PT e ao ex-presidente Lula, a quem enxerga como opositor nas eleições presidenciais do ano que vem. Em nível estadual, as críticas duras contra o PT e sua líder maior no Estado devem afastar Carlos Eduardo de uma possível aliança com a sigla de Lula, como chegou a ser especulado na imprensa potiguar na semana passada, quando o ex-prefeito admitiu a possibilidade de disputar uma vaga no Senado.
Agora RN
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