STF: Moraes libera andamento do impeachment de Witzel

– Não me parece que o Ato do Presidente da Assembleia Legislativa tenha desrespeitado o texto constitucional ou mesmo a legislação federal, pois refletiu o consenso da Casa Parlamentar ao determinar que cada um dos partidos políticos, por meio de sua respectiva liderança, indicasse um representante, garantindo ampla participação da ‘maioria’ e da ‘minoria’ na Comissão Especial – destacou Moraes.
A Constituição Federal estabelece a possibilidade de que a comissão especial seja criada para analisar o impedimento de um político “na forma e com as atribuições previstas no ato de que resultar sua criação”, como ocorreu na assembleia do Rio, na análise de Moraes.
O ministro diz, também, que o rito em andamento respeita os entendimentos do próprio STF sobre o procedimento de impeachment, expressos durante os processos dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Fernando Collor de Melo. Segundo Moraes, o STF nunca estabeleceu que a comissão especial do impeachment deveria ser montada com base em uma eleição.
– Por fim, importante observar que, em momento algum, essa Suprema Corte afirmou a necessidade de realização de eleições para a escolha dos representantes dos partidos políticos ou blocos parlamentares para a Comissão Especial. A Corte, expressamente, declarou que ‘a hipótese não é de eleição’, somente deixando de invalidá-la desde que a eleição a ser realizada fosse limitada ‘a ratificar ou não as indicações feitas pelos líderes dos partidos ou blocos’ – afirmou.
Witzel e outros membros da gestão estadual passaram a ser investigados após o surgimento de supostas irregularidades na contratação de hospitais de campanha, respiradores e medicamentos. A apuração indicou suposto recebimento de R$ 554,2 mil em propina pelo governador, por intermédio do escritório de advocacia da esposa, Helena Witzel.
O governador do Rio foi afastado do cargo nesta sexta-feira, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) motivada justamente por conta das irregularidades envolvendo atos administrativos tomados durante a pandemia.
pleno.news
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