Cotado para substituir Mandetta, Teich chega a Brasília para reunião com Bolsonaro
Ao desembarcar no aeroporto da cidade, ele não quis responder perguntas. Depois, se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.
Em meio à crise da pandemia do coronavírus, a relação entre Bolsonaro e Mandetta se desgastou. Uma das principais discordâncias entre o ministro e o presidente é sobre o isolamento da população como estratégia para conter o avanço do vírus.
Mandetta é favorável ao chamado isolamento horizontal (para todas as pessoas). Bolsonaro defende medidas mais brandas, como o isolamento vertical (apenas para aqueles do grupo de risco).
Em artigo recente sobre a pandemia, Teich se mostrou a favor do isolamento horizontal, como Mandetta.
"Diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da Covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento", escreveu ele no dia 3 de abril.
Ele também afirmou, também em texto nas redes sociais que o enfrentamento da crise não pode levar em conta apenas fatores econômicos ou apenas fatores sanitários.
"Criar uma polarização, imaginando que de um lado estão as pessoas e do outro lado o dinheiro, pode ser um erro grave na avaliação do problema trazido pela Covid-19. Uma situação de competição pode gerar grande ineficiência na capacidade de interpretar a evolução da situação e na capacidade de ajustar o sistema de saúde e o dia a dia das pessoas adequadamente", disse Teich.
Entre os pontos que Teich vai defender, caso vire ministro, é a testagem em massa da população, que considera fundamental no combate ao vírus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário