Cada vez menos gente presta atenção na opinião do papa

Era, pelo menos, o que diziam os padres. Hoje em dia, nem a Igreja exige que os fiéis acreditem nisso.
Mais: o próprio papa é o primeiro a concordar que o mundo mudou. A “infalibilidade do papa” em questões religiosas deve ser vista, hoje, como um indicador, e não como uma verdade acima de discussão.
A benção do papa Francisco a Lula, assim, não vai servir para absolver o ex-presidente da sua situação de ladrão, estabelecida pela Justiça brasileira – condenado em dois processos seguidos, e no primeiro deles em três instâncias, por corrução e por lavagem de dinheiro.
Nada consta
Ninguém, nem o papa nem Lula, estava querendo uma absolvição de verdade; queriam apenas uma espécie de “nada consta” perante a opinião pública.
O problema é que cada vez menos gente presta atenção na opinião do papa – até porque há cada vez menos católicos e grande parte dos que permanecem fiéis criaram o hábito de pensar com a própria cabeça.
É assim pelo mundo afora. É assim no Brasil também.
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Metrópoles
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