Antes de se reunir com Bolsonaro, Onyx diz que não cogita deixar o governo

— Claro que não (considero deixar o governo). Como já disse, a minha missão, junto com o presidente Bolsonaro, é servir o Brasil. Mas claro que toda e qualquer decisão dentro do governo é liderada por ele — afirmou o ministro, ao G1, ao desembarcar em Brasília.
Santini foi demitido após usar uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, à Índia, onde Bolsonaro estava em missão oficial no último fim de semana. Os outros ministros viajaram em voo de carreira.
Logo após ser exonerado da secretaria executiva da Casa Civil, Santini foi nomeado assessor especial de relacionamento externo do mesmo ministério. O GLOBO revelou que a nomeação de Santini para o novo cargo ocorreu após apelo dos filhos do presidente, de quem ele é amigo de infância. Em 48 horas, no entanto, Bolsonaro o demitiu pela segunda vez.
Na Casa Civil, o clima é de incerteza e apreensão.Assessores ligados ao ministro Onyx tentam decifrar os próximos movimentos do presidente, que se demonstrou extremamente irritado com os últimos atos da pasta. Dentre as hipóteses cogitadas internamente está a de transferir Onyx para o Ministério da Educação, no lugar de Abraham Weintraub, indicado para o posto pelo próprio Onyx.
Principal apoiador de Bolsonaro durante a campanha presidencial, o ministro da Casa Civil perdeu o direito de escolher seus assessores e as principais atribuições que lhe foram dadas. Em meio ao vácuo no comando da pasta, Bolsonaro cogitou nomear o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para comandar interinamente a Casa Civil até o retorno de Onyx das férias. A decisão só foi revisada após o ministro garantir que anteciparia sua volta ao trabalho. Bolsonaro então escalou Antônio José Barreto de Araújo Júnior para assumir o cargo de secretário-executivo interino da Casa Civil apenas até hoje. Barreto é o atual sub-chefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil e acumula as funções.
O Globo
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