09/06/2019

O FLUMINENSE TEM NOVO PRESIDENTE

Salários, ligação de Fred, Buffon... Mário e Celso dão 1ª entrevista após serem eleitos no Fluminense

Salários, ligação de Fred, Buffon... Mário e Celso dão 1ª entrevista após serem eleitos no FluminenseLogo após ser decretado o resultado oficial de que a chapa "Tantas Vezes Campeão" foi a vencedora da eleição no Fluminense, Mário Bittencourt e Celos Barros, presidente e vice-presidente eleitos, deram sua primeira entrevista coletiva.

Confira os principais tópicos abordados:

Conversa com Abad pouco antes do resultado da votação

Mário: Foi uma reunião com todos os candidatos. Ele nos chamou, assim como o Tenório e o Victer (chapa adversária), pois ainda não havia o resultado oficial, para passar algumas situações. Não foi nada muito relevante. Uma era uma questão de uma pessoa que tem uma relevância no dia a dia que estava saindo do clube. A outra era a questão do tesoureiro do clube, porque é importante que se traga logo um novo tesoureiro. E as outras questões foram algo que nós já tínhamos pensado em conversar e ele se antecipou. Falou da possibilidade de nossa presença no hotel neste domingo para dar uma força aos jogadores, para uma primeira apresentação ao elenco, e depois, após o jogo falar com eles no vestiário. E outra situação que ele colocou foi sobre a segunda-feira, que a posse é só a noite, então em tese só começamos na terça, e ele se colocou à disposição para nos apresentar ao estafe.

Finanças

Mário: A gente trabalhou muito com o sigilo. Algumas coisas a gente já encaminhou, como o parcelamento da dívida trabalhista. Tivemos duas boas reuniões com possíveis patrocinadores. Essa antecipação da eleição traz a dificuldade de assumir com o trabalho já iniciado no futebol. Mas a parada da Copa América nos dá a chance de resolver os problemas de forma emergencial. Seria leviano se falasse que resolveria tudo agora.

Salários

Celso Barros: Era importante falar com os jogadores para eles saberem que a gente vai lutar para resolver as pendências de salários. A gente vai lá para dizer que estamos juntos com eles. E eles têm de estar juntos com a gente.

Papo com Fred:

Mário: Fred me ligou à tarde mesmo, eu estava na correria atendendo as pessoas. Falei que estava ansioso, ele disse que estava acompanhando pela internet. Agora, ele não está mais ansioso, afinal, deve ter visto o resultado. Celso trouxe em 2009, eu renovei o contrato em 2015. É meu amigo. Ele ligou como amigo. Com relação a grandes jogadores, temos desejo de trazer, sim. Desde que o Fluminense, primeiro, cumpra as suas obrigações, pague salários e tenha patrocinador. Todos que falamos entenderam que o Fluminense precisa se recuperar. Eles precisam entender e já entenderam isso. Neste ano? Essas coisas acontecem e não vamos jogar para a galera.

Relação com o Conselho Deliberativo atual, que só deixa clube em dezembro

Mário: A relação tem de ser a melhor possível. O Conselho é do Fluminense. Ele tem de liberar a favor do Fluminense. Algumas cadeiras estão vagas, acho que 54 vagas. Serão, então, alguns conselheiros nosso que vão entrar agora. E será meio a meio até dezembro, quando todos entrarão

Sobre possível convite a Ricardo Tenório

Mário: Falar sobre isso agora seria, da minha parte, eu não gostaria. Eu já fui derrotado em uma eleição em 2016. É um dia difícil. Mesmo após a saída dele não deixamos de nos falar. Falamos hoje, demos risadas. Todo e qualquer tricolor pode ajudar, mas isso depende do lado de lá.

Libertadores

Celso: É claro que a Sul-Americana é importante. No ano passado, poderia ter chegado na final. É um caminho rápido chegar na Libertadores. No Brasileiro, temos de olhar a nossa atual realidade. Estamos muito perto da zona do rebaixamento. Temos de chegar lá e conversar com a comissão técnica e os jogadores. Não formamos esse grupo, mas contamos com ele. Vamos ver com calma a questão das contratações.

Mais sobre finanças

Mário: O Fluminense precisa reparar muitas coisas, especialmente pagar as suas dívidas. Essa pergunta foi feita na campanha. Celso não faz parte mais da antiga patrocinadora, que busca seus direitos na Justiça. Assim como o Fluminense se defende. Se houver alguma decisão favorável ao Fluminense, nós dois ficaremos satisfeitos. Se for desfavorável, temos de pagar. O Fluminense precisa voltar a honrar seus compromissos.

Novos patrocinadores

Mário: O Fluminense está mais vivo do que nunca. É um clube que tem 5 milhões de torcedores. E já foi procurado por empresas na eleição. Nossa marca é atrativa. Nós somos a história do futebol brasileiro. É inadmissível que quem sente nessa cadeira não entenda isso.

Estratégia nas finanças

Mário: A estratégia é organizar as finanças. Isso é atacar as dívidas de maneira inteligente. Não há condição de pagar integralmente a dívida em seis meses ou em toda a gestão. Tem de se administrar e organizar o pagamento.

Fernando Diniz

Ceslo: A gente está chegando ao clube. Tomamos posse na segunda à noite. O trabalho dele encanta, mas há uma verdade: não chegou à final do estadual, caiu na Copa do Brasil, está na Sul-Americana e perto da zona do rebaixamento do Brasileiro. Isso nos preocupa. Ele terá tempo, ele é o técnico do Fluminense. Não temos dúvida disso.

Sonho de ser presidente

Mário: Era um desejo, sim. Ele foi construído ao longo de muitos anos. Entrei aqui em 1998 como estagiário, era setembro daquele ano. Tinha 20 anos e passei a trabalhar no departamento jurídico. Advoguei aqui para todos os esportes e para todas as categorias, talvez as pessoas não saibam isso. Eu construí esse caminho que foi me dando a experiência, apesar de ter 40 anos de idade. Tenho 20 anos de dia a dia conhecendo os problemas do Fluminense. Depois, em 2009, atuei no futebol, o coração do clube. Repeti isso em 20114 como vice de futebol. Em 2016, fizemos uma campanha bacana. Agora, contei com a experiência do Celso para sermos eleitos. A cabeça da gente vai mudando, tinha uma há 10 anos, agora estou mais maduro. Sou tricolor de família. Meu avô, meu pai, minha mulher... todos são tricolores. Depois da minha família, o Fluminense é a coisa mais importante da minha vida. A vitória é serena pois sabemos das nossas dificuldades. Quem já esteve aqui dentro sabe que o dia a dia é difícil. É dolorido. Eu me sinto preparado e maduro. O dia de hoje foi emocionante e de muito trabalho. Não vou chorar, prometo.

Soluções para resolver salários atrasados a curto prazo

Mário: Nessas conversas que tivemos, algumas soluções foram apresentadas. Não posso citar nomes, por questão de confidencialidade. Celso foi procurado por uma empresa de material esportivo, por exemplo. Clube se constrói quando se cumpre acordos, inclusive os verbais. Então, temos essa possibilidade. Discutimos a possibilidade de uma antecipação de parte desse dinheiro e luvas. Claro que vamos precisar de medidas emergenciais e outras vao ser criadas ao longo do tempo.

Ex-jogadores

É uma ideia, sim. Passa pela nossa cabeça. Em 2009, visite o Internacional e me chamou atenção um túnel que tinha do vestiário até o campo da base com fotos de ídolos do clube. Era para os meninos saberem que eles podem virar ídolos. Acho importante que ex-jogadores estejam com a gente para que os atuais atletas entendam o que significa ser jogador do Fluminense.

Pedro

Mário: Depois da lesão, ele está reconstruindo o caminho dele. Seria complexo ele não performar no Fluminense e sair. Não chegou nada para a gente, não conversamos com os empresários dele. Ao assumir, vamos apresentar o nosso projeto a ele. Acho que ele tem de se transformar um ídolo aqui.

Buffon

Celso: Não temos o potencial de comprar jogadores, como o Flamengo tem feito. Buffon tem uma ideia, estava no PSG. Deve ser uma pessoa que se cuida e é um grande goleiro. Do ponto de vista para agregar torcedores, seria fantástico. Essa empresa que nos procurou citou o nome dele, pagando o salário. Não acredito no interesse do Barcelona. O empresário que falou com a gente disse que tem a chance dos EUA. Ele teria o sonho de fazer uma escolinha, quem sabe não pode ser aqui no Fluminense. E, aliás, estamos pensando em trazer um goleiro, com todo o respeito aos nossos atuais.

GE

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