Cunha rejeita pedido de impeachment de Dilma feito por presidiário
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitou um pedido
de impeachment da presidente Dilma Rousseff apresentado no final do ano
passado por Adriano Rodrigues de Oliveira, 39 anos, que está preso
desde outubro de 2015 na Penitenciária Masculina de Mairinque, no
interior de São Paulo. Cumpre pena de dois anos de reclusão por porte
ilegal de arma.
Oliveira escreveu à mão, em 25 de novembro de 2015, um pedido de
impedimento de Dilma porque, segundo ele, a petista “usou do cargo que
ocupa como presidente e usou dinheiro do STU para estar pagando outras
contas”. Ele também afirma que a presidente “driblou” a Constituição e a
“Lei da Improbidade Fiscal (pedalada)”. Ele não explica o significado
de STU.
“Isso está sendo divulgado pela mídia e revistas e jornais, está
sendo investigado o gasto da sua campanha eleitoral pelo TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), também sendo investigada pelo desvio de verba do
BNDES e também pelo escândalo da Lava Jato. Deixando claramente o
indício de corrupção da sua campanha como presidente da República”,
escreve Oliveira.
A carta foi encaminhada inicialmente ao presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para que ele remetesse ao
Legislativo. Oliveira alegou não ter o endereço da Câmara.
O detento escreve dizendo se manifestar “em nome dos presos, dos
negros, indigentes, idosos, dos pobres e dos silenciosos”. “Acreditando
na sabedoria dos nobres julgadores da Câmara dos Deputados Federais,
pedi que seja reconhecido o pedido e, nos méritos, seja deferido o
pedido de impeachment”, disse Oliveira, baseado no “clamor do povo, da
mídia, jornais”.
Estadão
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